Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Machado, Luciana Araújo Lima |
Orientador(a): |
Mitre, Rosa Maria de Araujo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4098
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Resumo: |
A adequação das necessidades dos jovens que sofrem com adoecimento crônico às demandas do tratamento prolongado foi sempre um desafio para a equipe de saúde, o paciente e sua família. Nesse cenário, a fisioterapia compõe a complexa rede de cuidados na rotina dos adolescentes com Fibrose Cística (FC). O objetivo desse estudo consistiu na análise da vivência do adoecimento crônico dos adolescentes com Fibrose Cística, em relação ao tratamento de fisioterapia. Para tanto, a metodologia utilizada foi baseada na análise temática obtida por meio de entrevistas semiestruturadas com os adolescentes de FC. Os sujeitos tinham entre 10 a 18 anos e eram acompanhados pelo setor de Pneumologia do Instituto Fernandes Figueira. Os resultados apontaram, a partir dos relatos, que a fisioterapia limita a realização de outras atividades de interesse dos jovens, em virtude da disciplina e regularidade do tratamento. A realização dos exercícios era geralmente desagradável e foi identificada como um momento de enfrentamento da doença. Muitos sujeitos desconheciam a função das técnicas aplicadas durante o atendimento fisioterapêutico e, por vezes, não viam sentido no que foi proposto. Na ótica dos adolescentes entrevistados, a fisioterapia apareceu como uma intervenção pontual no cotidiano e não relacionavam seus benefícios à qualidade de vida. A conduta restrita à técnica e, em muitos casos, a promoção da participação passiva do jovem, dificultavam sua aproximação com o tratamento fisioterapêutico. Discussão: Os diferentes aspectos presentes na vida dos adolescentes com FC influenciam não só o adoecimento crônico, mas também seu tratamento. Considerando a interação entre profissional de saúde - paciente, o fisioterapeuta deve estar atento para o seu papel no processo de tratamento destes sujeitos. Sua atuação deve transcender às questões da doença, priorizando também o bem estar e a vida social dos adolescentes com FC. Sendo assim, o olhar ampliado do fisioterapeuta e a humanização no cuidado com esse público são tão fundamentais quanto a técnica escolhida, consistindo, muitas vezes, em um valioso auxílio para o enfrentamento da doença. |