Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Allana Moreira Silva Freire de |
Orientador(a): |
Sousa, Islândia Maria Carvalho de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49801
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Resumo: |
A integração das ações de saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada uma estratégia fundamental para a ampliação do acesso dos usuários em sofrimento psíquico, possibilitando a redução dos hiatos terapêuticos e o cuidado integral à saúde. São muitos os desafios para a efetivação do cuidado em saúde mental que compreenda os "sujeitos-usuários" nas suas singularidades e que olhe de modo sensível para os "sujeitos-trabalhadores" que atuam na APS, de modo a apoiá-los. O presente estudo buscou apreender as experiências de cuidado em saúde mental na APS a partir das percepções dos médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família de Juazeiro BA. As entrevistas foram transcritas e analisadas com o método da Análise de Conteúdo de Bardin, sendo identificadas quatro categorias de análise 1) O medicamento enquanto cuidado; 2) A comunicação na Rede de Atenção Psicossocial; 3) Formação acadêmica para o cuidado em saúde mental e 4) Vivências e sentimentos no cuidado em saúde mental. A centralidade do medicamento no cuidado da APS, através das renovações de receitas sem a devida avaliação dos usuários e os danos advindos dessa prática; o apoio deficiente da Rede de Atenção Psicossocial para o compartilhamento do cuidado e a formação profissional insuficiente, tanto na dimensão técnica-científica quando na subjetiva-relacional, foram aspectos centrais relatados pelos trabalhadores. O espaço de escuta proporcionado pelas entrevistas possibilitou um olhar reflexivo por parte dos trabalhadores quanto aos processos de trabalho e sentimentos advindos do cuidado em saúde mental, ocasionando uma tomada de consciência dos aspectos intersubjetivos do encontro entre usuário e trabalhador. Percebemos que, para a consolidação do SUS e da APS como coordenadora do cuidado em saúde mental, em uma perspectiva desinstitucionalizante, são necessárias mudanças profundas nos cenários de formação dos trabalhadores da saúde bem como a concretização da educação permanente. |