Um olhar sobre a capacitação profissional em Biossegurança no Instituto Oswaldo Cruz: o processo de transformação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Maria Eveline de Castro
Orientador(a): Jurberg, Claudia, Borba, Cíntia M.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3877
Resumo: O estudo de caráter teórico-empírico apoiado no paradigma qualitativo foi realizado com profissionais que participaram do Curso de Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa Biomédica, do Instituto Oswaldo Cruz-Fiocruz, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 2006-2008, a fim de avaliar se a capacitação foi um instrumento efetivo no sentido de alterar as condutas, hábitos e comportamentos das pessoas, contribuindo para a prevenção e minimização dos riscos institucionais. A primeira parte da pesquisa contemplou uma análise documental executada na Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz com objetivo de levantar e descrever o planejamento e a implantação do curso em questão. Em seguida, visando avaliar a efetividade do curso, foi utilizado o modelo de Kirkpatrick que abrange quatro níveis de avaliação: reação, aprendizado, comportamento e resultado. Os dados coletados foram analisados a partir de várias perspectivas teóricas baseadas na proposta metodológica e epistemológica da multirreferencialidade. Os resultados da pesquisa evidenciaram que 53,48% dos alunos consideraram o curso excelente e 40,24% bom. Houve um acréscimo superior a 10% nas médias do pré-teste em relação ao pós-teste no período estudado. Nas entrevistas realizadas foi possível verificar que todos os alunos conseguiram colocar em prática os conteúdos aprendidos, sendo que 80% mencionaram procedimentos de caráter mais global e os 20% restantes ressaltaram condutas de caráter mais pessoal. Foi constatado também que os profissionais estavam mais conscientes dos riscos aos quais estavam submetidos e como consequência utilizavam equipamentos de proteção individual com maior freqüência; além disso foi possível identificar o desdobramento do processo de capacitação, com a divulgação das ações implementadas por/ou com a colaboração de profissionais que participaram do curso de Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa Biomédica, que possibilitaram principalmente o credenciamento de laboratórios como serviço de referência pelo Ministério da Saúde. Entretanto, existe a necessidade de ações institucionais onde recursos, processos e relações sejam trabalhados simultaneamente à capacitação, de forma que a Gestão de Biossegurança seja uma realidade no Instituto Oswaldo Cruz.