Adesão às medidas de saúde pública durante a pandemia de COVID-19 em estudantes de graduação do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bernardino, Michelle de Garcia
Orientador(a): Pereira, Claudia Cristina de Aguiar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57261
Resumo: Em meio à pandemia de COVID-19, o mundo se viu diante de uma emergência sanitária que exigiu uma resposta rápida por parte das autoridades de cada país a fim de evitar o colapso de seus sistemas de saúde. Sem medicamento para o tratamento da doença, a melhor estratégia para lidar com o vírus foi a implementação de ações que diminuíssem o contágio entre indivíduos. Sendo assim, diversas instituições orientaram a sociedade a aderir a diferentes medidas anticontágio como a realização do isolamento social, a higienização frequente das mãos, e o uso de máscara. Diante do cenário de emergência, esta pesquisa buscou investigar sobre os diferentes perfis de adesão, assim como sobre os fatores objetivos e subjetivos determinantes para a adesão a diferentes medidas de anticontágio. Aplicou-se um questionário em uma amostra de mais de dois mil estudantes de graduação do estado do Rio de Janeiro com idade entre 18 e 35 anos. Como resultados, a análise de classes latentes indicou três perfis de adesão, que combinam estratégias distintas frente à pandemia, uma de característica mais rigorosa, outra mais flexível e outra que denominou-se adesão de risco. Identificou-se forte influência de crenças antiadesão, das normas familiares e dos amigos na conduta de adesão, ainda que cada medida anticontágio possua preditores diferentes. As análises de comparação de grupos mostraram que mulheres tiveram maior adesão que homens, pessoas de orientação política de esquerda tiveram maior adesão que pessoas de direita e pessoas pretas e pardas tiveram menor adesão em algumas das medidas que pessoas brancas. Em geral, observou-se que a adesão vai depender de quais fatores objetivos (como renda e idade) e subjetivos (como crença antiadesão e normas sociais) estão presentes no indivíduo e que existem diferentes perfis de adesão no âmbito da pandemia da COVID-19.