Protagonismo Juvenil e Promoção da Saúde: uma revisão da literatura

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Porto, Rosiane da Silva
• Orientador(a): Magalhães, Rosana
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35105

Considerando a complexidade do conceito protagonismo juvenil e sua importância no campo das políticas públicas de Promoção da Saúde foi realizada uma revisão da literatura a fim de compreender como vem sendo construída esta perspectiva no Brasil. O levantamento de artigos, dissertações e teses científicas publicadas em língua portuguesa em bases de dados online teve por objetivo mapear as publicações disponíveis sobre o conceito de protagonismo juvenil e sua inserção no debate sobre Promoção da Saúde nas plataformas de dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online), BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) - exclusivamente no LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências de Saúde) no período de 2007 a 2017. Sem pretender esgotar esta reflexão, buscou-se analisar criticamente a produção científica recente sobre protagonismo juvenil e contribuir para o estudo dos desafios, limites e oportunidades no que se refere ao desenho de iniciativas com base neste modelo conceitual. Em linhas gerais, pode-se notar que o conceito de protagonismo juvenil é multifacetado e polissêmico. Muitas vezes também é possível perceber ambiguidades na sua utilização no campo da Promoção da Saúde. No entanto, há um certo consenso na perspectiva de que o jovem deve ser a fonte e ator principal das iniciativas voltadas à saúde neste grupo da população. Sua presença na elaboração, execução e avaliação das intervenções é entendida como dimensão crucial para o alcance de maior efetividade. A maioria dos autores analisados neste estudo destacou a questão do protagonismo associado ao desenvolvimento das habilidades individuais e sociais (autonomia, autoestima, autoconhecimento, empoderamento, entre outras). Também foi enfatizado o conceito vinculado à cidadania, à corresponsabilização e às práticas educativas em saúde, sendo estas responsáveis pelo processo de desenvolvimento, reflexão e conscientização crítica dos jovens. Foi apontada também a importância de se pensar em um protagonismo que não responsabilize apenas o jovem pela transformação da sua condição de saúde. Conclui-se que são necessários novos estudos sobre a natureza dos conceitos e modelos explicativos utilizados no desenho das ações de Promoção da Saúde a fim de garantir maior clareza e consistência do debate especialmente no que se refere ao papel da juventude.