Sertões indômitos: comércio, doenças e práticas de cura na Capitania do Piauí - Século XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Gutiele Gonçalves dos
Orientador(a): Pimenta, Tânia Salgado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53506
Resumo: A dissertação tem como objetivo central analisar o comércio, as doenças e as práticas de cura na capitania do Piauí durante o século XVIII. Analisamos as vilas de Parnaíba (litoral) e Oeiras (sertão), como palco para observarmos os problemas em torno dos movimentos ocasionados principalmente pelo comércio, mas também pelos deslocamentos de indígenas, escravizados, libertos, contrabandistas, tangedores, condutores de gados, colonos, naturalistas, missionários etc. Para realizar a pesquisa foi necessário o cruzamento de diferentes fontes, tais como cartas, ofícios, requerimentos, rol de medicamentos, contratos, descrições, consultas e relatos. Ao partir desse conjunto de documentos, defendemos a ideia de que a capitania do Piauí não era um local isolado ou distante, muito pelo contrário, era essencial para o funcionamento da engrenagem econômica nos domínios ultramarinos. Para sustentar o argumento, no primeiro momento, a dissertação volta-se para as conquistas dos sertões indômitos da capitania do Piauí, os movimentos de sujeitos de variadas classificações sociais e os caminhos do gado. Com o encurtamento das distâncias, mediadas, em especial, pelo tráfico de escravizados, trânsito de autoridades coloniais e de negociantes, adentramos no segundo momento, a qual daremos ênfase às doenças, tanto as que penetraram os sertões, a partir da colonização, quanto às que sempre estiveram presentes naqueles territórios para, com isso, identificar as narrativas e os significados construídos pelos populares em torno das doenças e práticas de cura. Para concluir, buscamos compreender como era a medicina colonial dos sertões, quais os locais que eram utilizados para resguardar os doentes e a quem os enfermos recorriam para remediar os males causados pelas moléstias