A rotatividade dos profissionais de saúde na zona rural de Sergipe: um problema a ser enfrentado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Borrelli, Flavia Rezende Gomes
Orientador(a): Artmann, Elizabeth
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4705
Resumo: O presente trabalho trata do tema da rotatividade de profissionais de saúde na zona rural de Sergipe. A pesquisa surgiu da experiência profissional da pesquisadora como enfermeira da zona rural da cidade de Tobias Barreto entre os anos de 2000 e 2001. O estudo da alta rotatividade percebida nessa localidade e em localidades vizinhas foi motivado pela hipótese de que a rotação constante de profissionais de saúde pudesse estar trazendo prejuízos diversos à comunidade. O objetivo deste trabalho foi analisar o fenômeno da rotatividade em cinco municípios do estado. Aplicamos questionários com o objetivo de coletar as opiniões de todos os atores envolvidos no processo desde agentes de saúde a gestores municipais. Calculamos indicadores de rotatividade baseados no número de desligamentos e contratações num período de dois anos. Foram encontradas como causas principais de descontentamento profissional e desligamento questões como: grande distância da capital, salário insuficiente, vínculo trabalhista precário e condições inadequadas de trabalho entre outras causas. As taxas de rotatividade encontradas variaram entre cidades, com uma média geral de permanência média no emprego de 15 meses para enfermeiras e 13,5 meses para médicos. Com a utilização do Planejamento Estratégico Situacional foi construída uma rede explicativa através dos questionários aplicados aos profissionais de saúde e propostas ações para o enfrentamento do problema. O estudo aponta para a necessidade do aprofundamento da pesquisa sobre rotatividade em saúde na atenção básica rural e para a necessidade de uma política nacional voltada para essa questão.