A medicina vai à escola: ideias e práticas de saúde nos grupos escolares em Juiz de Fora, Minas Gerais (1906-1929)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Narciso, Anderson José de Almeida
Orientador(a): Hochman, Gilberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24009
Resumo: A dissertação analisa a higiene escolar a partir do debate médico e educacional em Minas Gerais na Primeira República. O foco da pesquisa recai sobre a criação e funcionamento dos Grupos Escolares na cidade de Juiz de Fora a partir de 1907, ano em que foram inaugurados os primeiros grupos. O objetivo é analisar a trajetória da saúde na escola e da higiene escolar a partir da lei que criou os grupos escolares em Minas Gerais, em 1906, apontando as modificações que essa sofreu ao longo da Primeira República. Nesse período, os médicos, dentistas e educadores protagonizaram debates sobre o papel da escola na difusão de preceitos de higiene e saúde, analisados nesta dissertação pelos seus discursos e ações noticiados em periódicos locais, publicações associativas, boletins médicos e relatórios enviados ao governo do estado. A dissertação ressalta a importância da participação de médicos e dentistas na persuasão da sociedade e na implementação da inspeção médica escolar e dos gabinetes dentários. Essa foi apresentada como uma convergência entre os ideais republicanos de alcançar o progresso via educação e mudanças de hábitos tradicionais e as demandas dos próprios educadores por um novo modelo escolar. Os grupos escolares ofereceram uma oportunidade aos médicos e dentistas de incrementarem sua visibilidade e legitimidade social e política na sociedade juiz-forana. A nova escola é compreendida como uma espécie de vitrine da modernidade que abriria as portas da sociedade para o progresso e, também, dos consultórios médicos, farmácias e gabinetes odontológicos para uma nova e potencial clientela.