Efeito in vitro de diaminas, azlactonas e outros derivados químicos sobre Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Azeredo, Camila Maria Oliveira de
Orientador(a): Soares, Maurilio José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23862
Resumo: Nesta tese foram avaliados 81 novos compostos sintéticos contra epimastigotas de Trypanosoma cruzi Dm28c pelo método MTT, sendo 4 mais eficazes em epimastigotas: GSC-01 (Indice de Seletividade IS=17,86), GIB-24 (IS=16,4), CGE (IS=8,39) e EPA-35 (IS=6,74). O composto EPA-35 foi o mais ativo contra formas amastigotas intracelulares (IS=95,04). A azlactona EPA-35 e a diamina GIB-24 foram utilizados em estudos adicionais. Com EPA-35 observou-se por citometria que a membrana plasmática de epimastigotas tratados (15 a 50 μM) manteve-se inalterada, ocorrendo, porém, alteração no potencial de membrana mitocondrial. Redução de tamanho e arredondamento foram observados por microscopia eletrônica de varredura (MEV) após tratamento de epimastigotas com EPA-35 a 33 ou 50 μM. Amastigotas intracelulares tratados mostraram citoplasma mais eletrondensos por microscopia eletrônica de transmissão (MET), com perda da estrutura celular normal. No tratamento com GIB-24 observou-se que o tratamento de células Vero infectadas não impediu que amastigotas intracelulares completassem o ciclo intracelular, havendo porém diminuição no número de parasitas liberados com aumento na razão %amastigotas/%tripomastigotas. Significativa dissipação do potencial de membrana mitocondrial ocorreu com 6 horas de tratamento, previamente à permeabilização da membrana plasmática. Epimastigotas arredondados, com redução do tamanho celular e vacuolização do citoplasma foram observados por MEV e MET. As alterações induzidas por GIB-24 sugerem processo de morte incidental. Houve parada no ciclo celular de epimastigotas após 3 horas de tratamento (6 e 12 μM), ficando a maioria dos epimastigotas na fase G1. Análise proteômica inicial de epimastigotas resistentes a 15 μM GIB-24 indicou que o composto age principalmente sobre componentes mitocondriais envolvidos no ciclo de Krebs e na manutenção da homeostase oxidativa dos parasitas. Nossos dados sugerem que EPA-35 e GIB-24 são ativos contra T. cruzi merecendo avaliações posteriores.