Síndrome metabólica: atividade física e condições socioeconômicas entre idosos não institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Ana Cristina de Oliveira
Orientador(a): Andrade, Fabíola Bof de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34200
Resumo: Objetivo: Avaliar a associação da síndrome metabólica (SM) com a atividade física e condições socioeconômicas entre idosos não institucionalizados. Metodologia: Estudo transversal com base nos dados do Estudo Saúde Bem-Estar e Envelhecimento realizado no ano de 2010. A população deste estudo foi selecionada de forma probabilística, sendo representativa de pessoas de 60 anos e mais, de ambos os sexos, não institucionalizadas e residentes na cidade de São Paulo. A variável dependente foi a síndrome metabólica classificada com base nos critérios adotados pela National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III de 2001. As variáveis independentes foram sociodemográficas (sexo, idade, estado marital e escolaridade), comportamento em saúde (prática de atividade física) e condições de saúde (número de doenças crônicas não transmissíveis, sintomas depressivos e autoavaliação do estado de saúde). Para as análises foram utilizados o teste qui-quadrado com correção de Rao-Scott e regressão logística múltipla com nível de significância de 5%. O efeito moderador da atividade física na relação entre escolaridade e a SM foi testado por meio da inclusão do termo de interação entre a atividade física e a escolaridade. Com base nos resultados do modelo múltiplo foram calculadas a Fração atribuível (FA) e a Fração atribuível proporcional (FAP). A magnitude das desigualdades foi avaliada por meio do Índice Absoluto de Desigualdade (SII) e pelo Índice Relativo de Desigualdade (RII). Resultados: A prevalência de SM foi de 40,1% (IC 95% 37,1% - 43,2%), sendo que 23,3% (IC 95% 20,8% – 25,9%) dos idosos apresentavam pelo menos uma condição, sendo o aumento da pressão arterial sistólica o mais prevalente (66,1%; IC 95% 62,8% - 69,2%). A chance de SM foi significativamente menor entre os idosos mais velhos e entre aqueles fisicamente ativos. Idosos menos escolarizados apresentaram prevalências de SM significativamente maiores em termos absolutos e relativos [SII= -0,12 (IC 95% -0,231; -0,017) e RII= 0,73 (IC 95% 0,535 – 0,931)]. As FA e FAP entre os inativos e na população foram estatisticamente significantes, demostrando que a prática de atividade física pode reduzir significativamente a prevalência da SM na população (FA3,71%; FAP 9,27%) e especialmente entre os inativos (FA 8,75%; FAP 19,9%). Conclusão: Esse estudo demonstrou que a prática de atividade física e a escolaridade são fatores significativamente associados à SM. Esses achados demonstram a necessidade de se pensar em políticas que visem o envelhecimento saudável e a redução das desigualdades sociais por meio da educação.