Evolução do desempenho motor de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso até 36 meses de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Xavier, Bianca Fonseca de Mattos
Orientador(a): Silva, Kátia Silveira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44493
Resumo: Estudo prospectivo realizado a partir dos registros de um projeto desenvolvido no Ambulatório de Seguimento da Área de Atenção ao Recém-Nascido, Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, com 378 prematuros com idade gestacional inferior a 37 semanas e de muito baixo peso nascidos entre 2004 e março de 2015. O objetivo foi investigar a evolução do desempenho motor dessa população aos 6, 12, 18, 24 e 36 meses de idade, estimar a prevalência de alterações e identificar associação entre fatores de exposição biológicos, socioambientais e assistenciais na evolução do desenvolvimento motor. O índice do desenvolvimento psicomotor (PDI), uma das escalas do desenvolvimento infantil das Escalas Bayley II, foi utilizado para avaliação do desempenho. As prevalências de comprometimento variaram de 12,9% a 35,3% para alteração grave e de 23,0% a 37,5% para alteração leve entre 6 e 36 meses.Na análise individual com base nos resultados do PDI observou-se alta instabilidade motora individual nas avaliações dos 6 aos 36 meses de vida. A análise multivariada linear, utilizada para investigação das associações de fatores sócio-demográficos, clínicos e biológicos, observou-se que o sexo masculino foi associado ao déficit do desempenho apenas aos 6 meses de idade corrigida e em relação a todas as avaliações até o 36º mês de vida, a leucomalácia foi a mais consistente associação com o déficit do desempenho motor, pois foi observada aos 6, 12, 18 e 36 meses. Fatores socioeconômicos e ambientais não obtiveram relevância estatística em relação ao déficit do desempenho motor Fatores biológicos demonstraram maior influência sobre o primeiro ano de vida e fatores clínicos foram associados ao comprometimento motor em momentos distintos, com destaque para leucomalácia que esteve significativamente correlacionada na maior parte das idades avaliadas. Fatores socioeconômicos e ambientais não foram correlacionados ao comprometimento e observou-se alta variabilidade no desempenho individual através da avaliação longitudinal o que indica a necessidade de um acompanhamento seriado em longo prazo.