Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Lorena Ana |
Orientador(a): |
Grassi, Maria Fernanda Rios |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4235
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Resumo: |
O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) infecta cerca de 2% da população de Salvador-Bahia. O HTLV-1 é o agente etiológico da ATLL, HAM/TSP e uveíte. Este vírus também está relacionado a outras doenças inflamatórias como artrites, dermatites infectivas, polimiosites, alveolites e Síndrome de Sjögren. Uma das características imunológicas mais marcantes da infecção pelo HTLV-1 é a proliferação espontânea dos linfócitos T induzida por proteínas transativadoras virais, como Tax e HBZ. O papel da proliferação na patogênese da infecção não é conhecido, porém alguns trabalhos indicam que sua intensidade é maior nos pacientes com HAM/TSP, além disso pode ser responsável pela manutenção da carga proviral do HTLV-1, uma vez que o vírus se replica por divisão da célula infectada. A dinâmica da proliferação ex vivo não é muito conhecida, sendo normalmente avaliada por adição de 3[H]-Timidina às culturas, que possui várias desvantagens, entre as quais a toxicidade. Este é um estudo piloto que objetivou padronizar um método para avaliação da dinâmica da proliferação espontânea de linfócitos T utilizando o marcador CarboxyFluorescein diacetate Succinimidyl Ester (CFSE), por citometria de fluxo. Além de quantificar os índices de proliferação celular de linfócitos T totais e das subpopulações linfocitárias T CD4+ e T CD8+, correlacionar proliferação celular com a carga proviral do HTLV-1 e a expressão da proteína viral TAX. Para tal, PBMC de 30 pacientes infectados pelo HTLV-1 (16 assintomáticos e 14 HAM/TSP) foram cultivados por 24, 48, 72, 96 e 120 horas, em presença de CFSE. As células foram adquiridas em citometro de fluxo e os resultados analisados pelo programa FlowJo, através da porcentagem de células divididas e do índice de divisão celular. Observou-se proliferação em 66,7% dos indivíduos infectados pelo HTLV-1. A proliferação espontânea de PBMC foi superior no grupo de pacientes com HAM/TSP (porcentagem de células divididas: 79%, índice de divisão celular: 79%), comparada aos assintomáticos (porcentagem de células divididas: 50%, índice de divisão celular: 56,3%), porém essa diferença não foi significante A proliferação espontânea pode ser detectada nas primeiras 24 horas de cultura. A intensidade de proliferação é semelhante para as subpopulações de linfócitos T CD4 e T CD8, tanto em indivíduos assintomáticos como naqueles com HAM/TSP. Não houve correlação entre a carga proviral e a porcentagem de células divididas (r= -0,009; p= 0,9) e índice de divisão celular (r=0,1; p=0,5). A média de expressão de TAX em linfócitos TCD4+ foi de 2,4±2,4 %. Houve correlação entre a expressão da proteína Tax e a porcentagem de células divididas (r=0,59; p =0,05) e o índice de divisão celular (r=0,60; p=0,05), porém sem significância estatística. No entanto, encontrou-se uma correlação positiva entre a porcentagem de células T CD4+ divididas e a expressão da proteína Tax (r=0,79; p<0,003), bem como entre o índice de divisão das células TCD4+ e a expressão da proteína Tax (r=0,75; p=0,008). Em conclusão, a avaliação da proliferação espontânea por citometria de fluxo, em culturas com CFSE avaliadas pelo programa FlowJo permite identificar a proliferação celular nas 24 horas inicias da cultura e quantificar a proporção de linfócitos T CD4 e TCD8 que proliferam. Este método pode ser útil na avaliação de drogas que modulam a proliferação espontânea em PBMC de indivíduos infectados pelo HTLV-1. |