Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Vívian da Silva |
Orientador(a): |
Hochman, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16249
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Resumo: |
O presente trabalho procura reconstituir a criação do Centro Internacional de Leprologia (CIL), um empreendimento do governo brasileiro que contou com o apoio da Liga das Nações e com o auxílio financeiro de Guilherme Guinle. O CIL foi um projeto idealizado e realizado pelo cientista brasileiro Carlos Chagas. Membro do Comitê de Higiene da Liga das Nações desde 1922, Chagas levou o tema da lepra para esta arena de discussão, demonstrando sua importância internacional e as realizações para o controle da doença em seu país. Uma Comissão da Lepra foi estabelecida pela Organização da Saúde consolidando o tema na agenda internacional. Em 1931 foi firmado o acordo entre o Brasil e a Liga das Nações, mas o CIL só iniciou suas atividades em 1934. Previsto para funcionar pelo prazo mínimo de cinco anos, o Centro teve entre suas atividades a pesquisa laboratorial, o teste dos tratamentos pesquisados nos doentes, o ensino da leprologia e uma publicação científica a Revista Brasileira de Leprologia. O CIL encerrou suas atividades em 1939, quando o governo brasileiro decidiu não prosseguir com o convênio firmado com a Organização da Saúde da Liga das Nações. Percebemos que foram os interesses locais que motivaram a cooperação internacional entre Brasil e Liga das Nações no entre guerras. A consolidação desse empreendimento demonstra que o sistema de ideias e políticas no Brasil acerca da lepra esteve entrelaçado às agências internacionais e suas idéias sobre saúde. |