Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Gabriella Carrilho Lins de |
Orientador(a): |
Barros, Denise Cavalcante de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58533
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Resumo: |
Apesar do avanço no âmbito das políticas e da implantação das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) nos serviços, é escasso o número de instituições que ofertam formação profissional em outras racionalidades em saúde afinadas aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde coletiva. Diante desta premissa, o objetivo deste estudo foi compreender a oferta do ensino de PICS no âmbito das graduações em saúde das instituições de ensino superior (IES) públicas no estado de Pernambuco (PE). Para isso, foram elaborados três produtos: o 1) Capítulo de livro: “As universidades e o ensino e formação em outras abordagens em saúde: um diálogo entre as experiências cubana, norte-americana e brasileira” teve como objetivo apresentar uma reflexão sobre a experiência do Brasil na incorporação de PICS em currículos universitários de graduação na área da saúde em diálogo com trajetórias exitosas de outros países, por meio de uma revisão de literatura. Para conhecer o cenário de Pernambuco e mapear a situação, elaborouse o 2) Artigo 1: “Formação em práticas integrativas e complementares em instituições de ensino superior: o ‘ainda não’?”, de cunho quantitativo, que objetivou caracterizar a oferta das disciplinas em PICS nos cursos de graduação em saúde das IES públicas de PE, segundo as categorias empíricas de “exclusividade temática” e “atualidade da oferta”, com discussão e análise à luz de literatura nacional e internacional e do referencial teórico das Epistemologias do Sul. Na perspectiva de aprofundar as questões suscitadas anteriormente, o 3) Artigo 2: “A experiência docente no ensino em práticas integrativas e complementares em instituições de ensino superior” teve o intuito de analisar a experiência e percepção de docentes envolvidos com o ensino e formação em PICS nos cursos de graduação em saúde nas IES públicas pernambucanas, com uma abordagem qualitativa. Embora as disciplinas de Saúde Coletiva tenham se mostrado uma importante estratégia para abrigar as PICS nos currículos, a instabilidade e restrições verificadas na oferta revelam que o reconhecimento da diversidade epistemológica em saúde como compromisso do SUS e da saúde coletiva é uma meta ainda a ser consolidada. As graduações em saúde estão longe de oferecer uma formação em PICS aos futuros profissionais que lhes possibilite uma ampla e efetiva integração dessas práticas no SUS. As resistências observadas para incrementar esse ensino apontam para uma atualização da política nacional de PICS capaz de propiciar ações indutoras para além da educação permanente aos profissionais que já atuam no SUS, como acontece nos EUA e em Cuba, por exemplo. Interfaces entre questões políticas, éticas, econômicas, culturais e paradigmáticas contribuem para o “ainda não” das PICS nesse cenário e impulsionam uma luta crescente e organizada de diferentes atores sociais também por uma justiça cognitiva. As evidências produzidas a partir de diferentes experiências podem ser úteis na pavimentação de outros caminhos, de maneira que o tempo do futuro aconteça num hoje onde se constrói o reconhecimento de saberes plurais, a valorização da diversidade epistêmica nas universidades e a integração de diferentes práticas de cuidado nos serviços públicos de saúde. |