#NenhumDireitoAMenos: comunicação, tecnologias digitais e movimentos sociais da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Protasio, João Verani
Orientador(a): Araujo, Inesita Soares de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59915
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo imprimir mais nitidez à compreensão dos movimentos sociais da saúde no que tange às suas configurações comunicacionais, tendo como foco os seus modos de apropriação das tecnologias digitais. O universo empírico da pesquisa incluiu o Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e o movimento Nenhum Serviço de Saúde a Menos. Metodologicamente, lançamos mão das “Conversações” (ARAUJO, 2015) que, através de uma perspectiva epistemológica e política descolonial do conhecimento, consiste em um conjunto de sucessivas aproximações com os grupos participantes da pesquisa, que inclui conversas com militantes dos movimentos, cartografia compartilhada das práticas comunicacionais, assim como o compartilhamento das análises e resultados preliminares da pesquisa. Também foi feita uma análise de materiais dos movimentos a partir de aportes da Semiologia dos Discursos Sociais. Produzimos um mapa dos dispositivos de comunicação dos dois movimentos e uma linha do tempo do mais antigo, sendo possível observar quando, quais e como ocorreram mudanças nas suas ações comunicacionais. Constatamos que os movimentos sociais possuíram uma grande diversidade de tecnologias, materiais e estratégias comunicacionais para mediar suas lutas. Foi percebida uma hibridização midiática em suas ações, quando houve coexistência de diversas tecnologias e produtos em uma mesma ação e a circulação entre diferentes mídias. Os movimentos usaram grande criatividade em suas ações comunicacionais e produtos midiáticos, com nítida relação com a cultura local e em sintonia com os princípios do SUS. Foi possível concluir que as tecnologias digitais potencializam as possibilidades de luta dos movimentos sociais da saúde, embora não mudem os seus objetivos estratégicos; ampliam o repertório de ações, mas não substituem totalmente as anteriores; contribuem para a formação e consolidação dos movimentos, no entanto não são uma causa.