Avaliação da Atividade Antiviral de Extratos Vegetais e de Fungos contra Dengue Virus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Emerson de Castro
Orientador(a): Oliveira, Jaquelline Ge rmano de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13737
Resumo: Produtos naturais são potenciais fontes alternativas para o desenvolvimento de antivirais para o tratamento da dengue, assim como de outras doenças causadas por vírus da família Flaviviridae ou mesmo para um amplo espectro de viroses. Neste estudo foi feita a triagem da atividade in vitro contra o Dengue virus 2 (DENV-2) de 3101 extratos, provenientes de plantas e de fungos da Coleção de Amostras para Bioensaios da Fiocruz. Para tal, células BHK-21 foram infectadas com DENV-2 e tratadas simultaneamente com 25 μg/mL de extrato sendo o resultado analisado por dois métodos: observação do grau de inibição do efeito citopático (ECP) por microscopia óptica e análise da viabilidade celular pelo ensaio colorimétrico do MTT. Dentre os 3101 extratos testados, 115 extratos apresentaram atividade antiviral contra DENV-2 e foram selecionados para a determinação da respectiva concentração efetiva 50 (CE 50). Cinquenta e cinco destes extratos foram obtidos de plantas pertencentes a 20 famílias distintas: Amaryllidaceae (3), Annonaceae (1), Asteraceae (5), Begoniaceae (1), Clusiaceae (1), Combretaceae (1), Erythroxylaceae (1), Fabaceae 4), Lythraceae (2), Malpighiaceae (8), Malvaceae (1), Melastomataceae (2), Melochia (1), Myrtaceae (3), Rubiaceae (8), Sapindaceae (9), Ochnaceae(1), Primulaceae (1), Vitaceae (1), Vochysiaceae (1). Os demais extratos (60) foram obtidos de culturas de fungos endofíticos coletados no Brasil, no continente Antártico e no Deserto do Atacama, ainda não identificados. Até o momento, os extratos vegetais mais promissores foram obtidos de plantas da família Amaryllidaceae (IS = 32,15) e da família Fabaceae (IS = 20,47) e (IS = 24,47). Vinte extratos fúngicos apresentaram valores de CE 50 que variaram entre 3,1 a 12,5 μg/mL e sem citotoxicidade aparente até a concentração de 100 μg/mL. Nossos resultados mostram que tais plantas e fungos são fontes promissoras de substâncias com ação antiviral contra DENV.