Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Marly Marques da |
Orientador(a): |
Santos, Elizabeth Moreira dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4458
|
Resumo: |
O estudo tem por objetivo avaliar as ações de prevenção de DST/AIDS para jovens a partir das experiências de uma Organização Governamental (OG) e uma Organização Não-Governamental (ONG) do Município do Rio de Janeiro (MRJ). O propósito desta pesquisa avaliativa é descrever, analisar e emitir julgamento de valor sobre o acesso dos jovens às ações de prevenção DST/AIDS, com base nos referenciais do Modelo Lógico de Programa (MLP) e do Modelo Teórico de Avaliação (MTA). A estratégia metodológica adotada o estudo de caso comparativo para aproximação e compreensão da implementação das ações de prevenção de DST/AIDS em uma Unidade de Saúde (US) e uma ONG, selecionadas por técnica de consenso mediante critérios previamente definidos. A coleta de dados se deu por meio da triangulação de métodos através de: observação participante, entrevista semi-estruturada com gestores, profissionais e jovens e a análise documental. As categorias de análise e de julgamento correspondem as seguintes dimensões de acesso: disponibilidade, oportunidade, acessibilidade, aceitabilidade e adequação. Na US e na ONG as intervenções avaliadas foram, sucessivamente, os programas “Vista Essa Camisinha” e o“Agente Jovem”. De forma comparativa foi possível constatar que há uma diferença substancial na implementação das ações de prevenção de DST/AIDS entre as duas experiências. A US prioriza a ação intra-muro, o trabalho burocratizado e a lógica de organização do serviço. Nas ações educativas pouco se integra as temáticas de saúde sexual e reprodutiva à prevenção de DST/AIDS e se focaliza a informação prescritiva e a responsabilização individual, tendo a doença como principal referencial. Diferentemente, a ONG privilegia o espaço e a ação comunitária, procurando incorporar nas atividades as necessidades dos jovens. Para tal, a ONG investe na metodologia participativa, na educação por pares, no protagonismo juvenil, na responsabilidade coletiva, tendo como referencial a promoção da saúde. Enfim, a ONG, mesmo em condições mais adversas, garante melhor acesso ao preservativo, às atividades educativas e a uma vida sexual mais segura para os jovens que a US. Recomenda-se assim um aprofundamento da reflexão sobre as condições de acesso às ações de prevenção de DST/AIDS para jovens na US e ONG, considerando suas diferentes dimensões, e um maior investimento numa cultura avaliativa e na estruturação de um sistema de monitoramento e avaliação nessa área, visando orientar a tomada de decisão e a melhoria do programa. |