Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Natália Ceolin e |
Orientador(a): |
Andrade, Rômulo de Paula |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50380
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Resumo: |
O presente trabalho analisa como o Hospital de la Caridad e seu Colegio Santa Maria de la Caridad, de maneira relacional, definiram o conceito de “pobre merecedor” através de suas políticas assistenciais dirigidas às mulheres, ao final do século XVIII, na cidade de Lima. O Hospital de la Caridad de Lima foi construído em 1559 pela Hermandad de la Misericordia y Caridad como um local de assistência à pobreza feminina e em seus primeiros anos de atividades, atuou como instituição de recolhimento de donzelas mestiças pobres. Anos mais tarde, incluíram também em suas atividades donzelas espanholas da cidade. Em 1614, fez separação desses dois grupos sociais ao construir no mesmo terreno do hospital em um anexo, o Colegio de Santa Maria de la Caridad, destinado exclusivamente ao recolhimento e educação das donzelas espanholas. Posteriormente, na segunda metade do século XVIII, durante o governo bourbônico, algumas percepções sobre pobreza e hospitais estabelecidas foram refletidas em Lima, capital do Vice-reino do Peru. Os hospitais se tornaram espaços de definição de “mérito de pobre”, onde as esmolas deveriam ser concentradas para garantir a efetividade da caridade. Além disso, foram consideradas instituições de caráter “útil” de acordo com os interesses econômicos bourbônicos. Assim, buscamos identificar as mudanças ocorridas no Hospital de la Caridad de Lima no final do século XVIII, que, apesar de realizar esforços para ser compreendido como centro exclusivo de tratamento de saúde, manteve, de maneira informal, práticas de recolhimento às mulheres pobres. Por sua vez, o Colegio Santa Maria de la Caridad manteve suas políticas de reclusão de mulheres, definindo por mérito, a legitimidade e ascendência espanhola. |