Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nundes, Renata Norbert Costa |
Orientador(a): |
Almeida, Antonio Eugenio Castro Cardoso de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35613
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Resumo: |
Acidentes com animais peçonhentos são a segunda causa de intoxicação em humanos no Brasil. Na América Central e do Sul a incidência destes acidentes é predominantemente por serpentes do gênero Bothrops. No Brasil em 2015 foram notificados 24.467 acidentes dentre os quais 73,5% causados pelo gênero Bothrops. No Instituto Nacional de Controle de qualidade em Saúde (INCQS) são utilizados aproximadamente 5.500 camundongos/ano somente para os ensaios de potência de antivenenos botrópico e crotálico, portanto é importante o desenvolvimento de uma metodologia alternativa ao uso de animais. O INCQS possui um grupo de pesquisadores engajados na busca por métodos alternativos ao uso de animais desde 1999. O objetivo deste trabalho é pré-validar um método alternativo in vitro para a determinação da potência do veneno botrópico e do soro antibotrópico. O princípio da técnica proposta baseia-se na propriedade do veneno botrópico provocar efeito citotóxico em células Vero de rim de macaco e sua inibição pelo antiveneno. A concentração de células aderidas pode ser avaliada pela coloração e posterior eluição do corante, sendo a densidade óptica do eluato do corante diretamente proporcional à concentração de células vivas. Um método alternativo validado deve passar por todas as fases de desenvolvimento, pré-validação, validação e revisão por especialistas conferindo credibilidade através dos Centros de Validações. A pré-validação é importante antes da realização de um estudo formal de validação em larga escala, deve envolver a otimização e padronização do protocolo, a identificação de qualquer problema inesperado, incluindo aqueles relacionados à análise dos resultados, bem como uma avaliação inicial da transferibilidade interlaboratorial do método. Este estudo pretende pré-validar uma metodologia mais eficiente do que a recomendada atualmente e que é mais rápida, visando reduzir o custo através da redução de insumos, materiais utilizados e tempo para liberar lotes de veneno e antiveneno. O método proposto é capaz de quantificar o efeito citotóxico de metaloproteases e fosfolipases A2, principais toxinas presentes no veneno de B. jararaca. A potência in vitro do Veneno Botrópico de Referência foi de 4,18 μg/mL e para o Soro Antibotrópico de Referência foi de 0,126 μl / mL. O ensaio de potência do Veneno Botrópico teve o coeficiente de variação geométrico (gCV) interensaios de 27,79% e o gCV intraensaios de 14,76%. Para a potência do Soro Antibotrópico de Referência o resultado obtido de gCV intraensaio foi 7,52% e o gCV interensaio foi 7,59%. O método apresentou linearidade válida (p>0,05) para todos os ensaios. Os resultados obtidos demonstram que o método proposto apresenta precisões intraensaios e interensaios conformes e é um bom candidato a método alternativo ao ensaio murino, tanto para a determinação da potência do veneno botrópico quanto do soro antibotrópico. |