Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Neufeld, Paulo Murillo |
Orientador(a): |
Lazéra, Marcia dos Santos,
Silva, Manuela da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8249
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Resumo: |
Infecções invasivas são um problema crescente em hospitais terciários no Brasil e no mundo. Dentre os diversos agentes etiológicos encontrados no ambiente hospitalar, o gênero Candida tem sido o terceiro ou quarto patógeno mais isolado. De maneira geral, infecções fúngicas invasivas estão associadas a altas taxas de morbidade e mortalidade, dificuldades de diagnóstico, resistência a antimicrobianos, extensão do tempo de internação e aumento dos custos hospitalares. O presente trabalho objetivou avaliar o desempenho de métodos fenotípicos e moleculares na identificação de espécies de Candida recuperadas de casos de infecção hospitalar e descrever seus perfis de susceptibilidade a drogas antifúngicas através de metodologias de referência e comerciais. Para tanto, 113 isolados clínicos (108 Candida spp., 2 Rhodotorula glutinis e 1Trichosporon sp.) de 100 pacientes hospitalizados no estado do Rio de Janeiro foram submetidos a provas em CHROMagar, do tubo germinativo e do clamidósporo, análises bioquímicas em aparelho VITEK e identificação molecular por multiplex-PCR. A susceptibilidade ao fluconazol, itraconazol e anfotericina B foi avaliada conjuntamente pelos métodos de difusão em ágar (CLSI/M44-A e CECON) e microdiluição em caldo (CLSI/M27-A2 e EUCAST/E.Dis.7.1) conforme os protocolos de referência do CLSI e EUCAST, bem como pelas instruções do fabricante do método comercial CECON. Com relação às características demográficas dos pacientes, 47% eram do sexo masculino e 37% do sexo feminino, a maioria se encontrava na faixa de 0-20 anos (33%) e as leucemias foram os principais processos de base (20%). Candida albicans (41,5%), C. parapsilosis (29,2%), C. guilliermondii (10,6%) e C. tropicalis (9,7%) foram as espécies mais isoladas, considerando a totalidade dos espécimens clínicos. Em cultura de sangue, C. albicans (38,4%) também foi preponderante. A identificação cromogênica mostrou 100% de sensibilidade e especificidade para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei. As provas do tubo germinativo e do clamidósporo para identificação de C. albicans apresentaram 89,4% de sensibilidade e 100% de especificidade. Os testes bioquímicos permitiram a detecção correta e completa de 78,8% dos isolados. A multiplex-PCR identificou adequadamente todas as espécies para os quais primers tinham sido desenhados. Alta taxas (≥92,9%) de susceptibilidade aos 3 antifúngicos testados foram observadas em todas as metodologias empregadas. Resistência foi verificada apenas em C. krusei e Rhodotorula glutinis frente ao fluconazol. No entanto, concentrações inibitórias mínimas (CIM) mais elevadas foram, igualmente, encontradas em itraconazol. O cálculo do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) demonstrou alta correlação (0,88-0,97) entre todos os métodos utilizados para avaliação das susceptibilidades aos antifúngicos. Os resultados apresentados demonstraram que C. albicans foi a espécie mais prevalente e também que, depois de C. albicans, C. glabrata, C. krusei e C. lambica foram as espécies menos susceptíveis aos antifúngicos azólicos. Além disto, o CHROMagar e a multiplex-PCR foram os mais efetivos na identificação preliminar e na identificação definitiva dos isolados clínicos, respectivamente. As metodologias de difusão em ágar e microdiluição em caldo foram também efetivas tanto na triagem quanto na confirmação das susceptibilidades. |