Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Michele Nacif |
Orientador(a): |
Castiel, Luis David |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2495
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Resumo: |
A gripe aviária é considerada uma zoonose emergente e refere-se às condições causadas por um grupo de vírus influenza que afeta principalmente as aves. A gripe aviária foi considerada a principal candidata a se tornar a primeira pandemia de gripe do século. E essa ameaça invadiu o cotidiano de forma avassaladora. Ela não passou ilesa pelos meios de comunicação. O objetivo principal desse estudo foi investigar os processos de significação da gripe aviária, através de narrativas construídas pelos meios de comunicação. Diante do frenético espetáculo global de sentidos, procurou-se nas páginas noticiosas e na narrativa cinematográfica desvelar os processos de significação envolvendo a gripe aviária, valendo-se do método indiciário, da semiótica e da leitura isotópica. A leitura isotópica permitiu isolar as redes temáticas “Ameaça”, “Ciência” e “Guerra”. Em cada uma delas, discute-se como a ficção e a notícia atuam como vertente da realidade, compondo narrativas que formam um tecido no meio do qual nos situamos. A partir dos elementos figurativos que compõem a rede temática “ameaça”, foi observado como a gripe aviária se tornou tão visível nas páginas noticiosas e na narrativa cinematográfica que não houve questionamentos se ela realmente existia ou não. Na rede temática “ciência”, discute-se as respostas da ciência e da tecnologia diante dos riscos e incertezas da gripe aviária e como elas repercutiram nos meios de comunicação. Foi abordada ainda a multiplicidade de respostas diante da ameaça da gripe aviária e como a temática da “guerra” se revelou em direção às políticas de emergência. A gripe aviária invadiu o sistema imune de nossa cultura tecnológica. O fazer sentido da gripe aviária é um assunto cultural, mesmo se desempenhando nos domínios da tecnociência. Ela se espalhou pela governância, pelo âmbito midiático, pelo comércio e afetou nossas vidas. Como risco, ela se tornou real o suficiente para difundir um senso de urgência e justificar ações preventivas. |