Avaliação do tempo de permanência da derivação ventriculoperitoneal em adolescentes com hidrocefalia congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pousa, Marcelo Sampaio
Orientador(a): Méio, Maria Dalva Barbosa Baker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54311
Resumo: O tratamento das hidrocefalias corresponde a mais da metade do movimento anual de um serviço de neurocirurgia pediátrica. Ainda hoje a cirurgia para implantação das derivações ventrículoperitoneais é o tratamento de escolha, uma vez que proporciona um imediato controle da pressão intracraniana e possui técnica amplamente difundida entre os serviços de neurocirurgia. A maioria dos casos tem como origem a hidrocefalia congênita, com incidência estimada de cerca de 326 casos por 100.000 nascidos vivos na América Latina. Um grande desafio para o neurocirurgião é a falha do sistema de derivação ventriculoperitoneal, cuja incidência após os primeiros 15 anos de cirurgia pode ser superior a 80%. Dentre as causas de falha da drenagem, podemos identificar as mecânicas (obstruções, hiperdrenagem, migrações, fraturas ou desconexões dos cateteres) e as infecciosas. Pouco se conhece sobre os fatores relacionados ao sucesso cirúrgico naqueles que atingiram a adolescência livres de complicações e com um ótimo funcionamento do sistema, uma vez que um número pequeno de pacientes chega ao fim da adolescência sem a necessidade de revisões cirúrgicas. O presente estudo tem como fonte de dados de pesquisa duas grandes unidades públicas de saúde especializadas em pediatria no município do Rio de Janeiro: o Hospital Municipal Jesus e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo dos adolescentes que foram submetidos à derivação ventriculoperitoneal para o tratamento de hidrocefalia congênita, sendo registradas as variáveis clínicas observadas no momento em que foram operados, os aspectos radiológicos e os relacionados à técnica cirúrgica. Os adolescentes que receberam apenas a primeira intervenção cirúrgica para colocação da derivação ventrículo peritoneal foram comparados com aqueles submetidos a pelo menos uma reintervenção para avaliar a associação entre fatores clínicos, radiológicos e da técnica cirúrgica com o tempo de permanência das derivações. O peso no momento da cirurgia e o tempo cirúrgico mostraram associação significativa com a longevidade, relacionados ao sucesso cirúrgico da derivação ventriculoperitoneal em adolescentes com diagnóstico de hidrocefalia congênita.