Uso de abrigos em espécies do gênero Rhodnius

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Duran, Katherine Dayann Mosquera
Orientador(a): Lorenzo, Marcelo Gustavo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19500
Resumo: Os triatomíneos são insetos vetores do Trypanosoma cruzi ̧ agente etiológico da doença de Chagas. Espécies pertencentes ao gênero Rhodnius têm sido reportadas habitando ambientes domésticos e peridomésticos em diferentes regiões da América Latina. No entanto, aspectos comportamentais e de e cologia sensorial relacionados ao uso de abrigos têm sido pouco estudados nestas es pécies. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os fatores que afeta m a escolha de abrigos e o uso de sinais de agregação em quatro espécies do gênero Rhodnius . Utilizando arenas experimentais e abrigos artificiais, foi avaliado se a densidade de insetos e as condições de iluminação podem influenciar na tendên cia de R. prolixus , R. robustus e R. neglectus a permanecer em refúgios. Além disso, testamos a ca pacidade das fezes em promover a eleição do abrigo nas mesmas esp écies e também em R. ecuadoriensis. Finalmente, avaliamos se a isca química sintética, de senvolvida a partir das fezes de Triatoma infestans , Panstrongylus megistus e T. brasiliensis, é capaz de induzir a escolha de abrigos por R. prolixus . Os resultados mostraram que tanto a densidade de insetos quanto a presença de um ciclo de luz afetam diferencialmente cada espécie, reagindo de maneira particular na tendência a ocupar refúgios. Por outro lado, evidenciou-se que os sinais químicos fecais parecem não ter papel crucial na marcação química de refúgios para triatomíneos deste gênero, uma vez que nenhuma das espécies avaliadas se agregou preferencialmente em abrigos associados às suas feze s. Adicionalmente, a mistura química sintética não foi capaz de induzir a escolha de refúgios em nenhuma das doses testadas com ninfas de R. prolixus . Com os resultados obtidos neste estudo foi possível determinar perfis espécie-específicos de exploração e uso de refúgios definidos por fatores como a tigmotaxia, fototaxia n egativa e uso de sinais químicos. Assim, os dados demonstram que é necessário caracteri zar os diversos aspectos do comportamento de insetos vetores, evitando as genera lizações não baseadas em dados experimentais; isso porque as diferenças obser vadas entre as espécies estudadas provavelmente tenham impacto na capacidad e para colonizar ambientes humanos