Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Rangel, Thaiz Batista Azevedo |
Orientador(a): |
Braga, Ana Maria Cheble Bahia,
Krauss, Thomas Manfred |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9073
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Resumo: |
A presença de agrotóxicos, especialmente dos organoclorados (OCS), em alimentos gordurosos como o leite, deve-se à lipofilicidade e ao elevado poder residual. São substâncias persistentes que podem ser encontradas no meio ambiente e nos alimentos em concentrações variáveis colocando em risco a saúde da população. Em conseqüência, seu uso e produção foram proibidos há décadas. O presente estudo propõe uma metodologia para o monitoramento de resíduos de agrotóxicos OCs em leite longa vida (UHT/UAT) visando o controle da exposição da população geral a estes contaminantes através da alimentação. Desenvolveu-se um método analítico para a identificação e quantificação de OCs no leite, o qual foi validado de acordo com os parâmetros estatísticos para a validação de métodos de ensaios químicos preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) e pelo Codex Alimentarius. Foram estudadas 25 substâncias constituídas por 23 OCs e 2 organofosforados (OFs) (clorpirifás metil e clorpirifás etil). Todos os analitos apresentaram faixa de trabalho linear e coeficientes de correlação linear (r) entre 0,9948 e 0,9999. Os limites de detecção (LD) e de quantificação (LQ) se encontraram entre as faixas de 0,0002- 0,0007mg/kg e 0,001 - 0,002mg/kg, respectivamente. As taxas de recuperação variaram entre 77 e 115 por cento e os coeficientes de variação (CV por cento), entre 3,5 e 20,7 por cento. Observou-se que, das 20 amostras de leite longa vida analisadas, 10 por cento apresentaram resíduos de p,p' DDE (0,009 -0,015mg/kg), 50 por cento apresentaram resíduos de metoxicloro (0,001 -0,018mg/kg) e 75 por cento apresentaram resíduos de clorpirifás etil (0,182- 2,846mg/kg). Vale atentar que os OCs, como o p,p' DDE e o metoxicloro foram proibidos há décadas e as monografias dessas substâncias que estabelecem os limites máximos de resíduos permitidos (LMRs) em alimentos, no país, foram canceladas. A ANVISA estabelece LMR não intencional de 0,01 mg/kg para o clorpirifós etil na gordura do leite. Os dados do presente estudo indicam, portanto, a necessidade da implantação de um programa de monitoramento de OCs e OFs em leite longa vida, visando a minimização da exposição da população a estas substâncias. O método analítico aplicado se mostrou eficiente e confiável. |