Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ana Maria da Silva |
Orientador(a): |
Ramos, Eduardo Antônio Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7157
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Resumo: |
O Câncer de Pulmão (CP) é uma neoplasia de grande prevalência no mundo e apresenta taxas crescentes de incidência. Acomete principalmente homens entre 40 a 70 anos, sendo responsável por 1/3 dos óbitos por câncer. Os fatores etiológicos frequentemente associados a esta patologia são o tabagismo, as exposições industriais ao asbesto, urânio, níquel, arsênico, assim como poluentes atmosféricos como o gás radônio. Representa um grande desafio para os oncologistas, especialmente pela pequena taxa de sobrevida dos pacientes, em torno de 5 a 10% após 5 anos do diagnóstico. A complexidade de padrões morfológicos e pouca diferenciação representam desafios para o diagnóstico do CP. Dentre as estratégias introduzidas para auxiliar no reconhecimento dos tipos histológicos do CP, a imuno-histoquimica (IHQ) vem se destacando no estudo histogenético destes tumores. O objetivo dessa pesquisa foi o estudo retrospectivo de 244 casos de CP, procedentes do Hospital Especializado Otávio Mangabeira, diagnosticados em biópsias brônquica transbrônquica no Serviço de Histopatologia do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, no período compreendido entre 1986 e 2004. Todos os casos foram visados de acordo com a classificação de câncer de pulmão da OMS (2004), sendo os diagnósticos da presente investigação confrontados com os diagnósticos iniciais. Os tumores definidos como carcinomas pouco diferenciados ou indiferenciados (n=67) e as neoplasias definidas como casos difíceis para a avaliação diagnóstica pelo HE (n=34) (divergência diagnóstica), foram submetidos a IHQ. Esta foi realizada através do sistema Envision TM e utilizando o seguinte painel minimo de marcadores antigênicos: CKAE1/AE3, CK8, CK34BE12, CK7, CK20, PA, CROMOGRANINA A e TTF-1. A freqüência dos diferentes tipos neoplásicos nos 244 casos analisados foi: carcinoma escamocelular, 36,9% (n=90); adenocarcinoma, 27,0% (n=66); carcinoma neuroendócrino de pequenas células, 11,9% (n=29); tumor carcinóide, 8,6% (n=21); linfoma/sarcoma, 2,4% (n=6); carcinoma neuroendócrino de grandes células, 0,4% (n=1); carcinoma adenoescamoso, 0,4% (n=1), permaneceram com o diagnóstico de carcinoma não pequenas células pouco diferenciado, 5,7% (n=14) dos casos e 2,4% (n=6) continuaram como neoplasia maligna indiferenciada. A IHQ definiu histogeneticamente 93,1 % (n=94) dos casos examinados e 6,9% (n=7) deixaram de ser avaliados por ausência de tecido tumoral nas secções (exigüidade de material). A modificação do diagnóstico entre a análise histológica e análise dos 101 casos através da IHQ, apresentou uma concordância negativa de 71,3% e concordância positiva de 28,7%. A avaliação geral de todos os tumores (244 casos) na 18 análise (HE) e as neoplasias classificadas na 28 análise em HE+IHa resultaram em uma concordância negativa de 27,5% e concordância positiva de 72,5%. Concluímos que a IHQ é um bom método complementar para o diagnóstico de câncer de pulmão; o painel mínimo de marcadores antigênicos utilizados foi capaz de definir histogeneticamente 93,1 % dos casos submetidos à IHQ; o diagnóstico preciso e rigoroso do câncer de pulmão não prescinde do exame convencional em HE para a escolha dos marcadores antigênicos a serem utilizados na interpretação diagnóstica final. |