Cuidados paliativos e câncer: uma questão de direitos humanos, saúde e cidadania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendes, Ernani Costa
Orientador(a): Vasconcellos, Luiz Carlos Fadel de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24828
Resumo: A presente pesquisa analisou a política, a base normativa e organizacional da atençãoem cuidados paliativos no câncer, no Brasil. Traçou um breve histórico dessa modalidade de atenção, de modo a estabelecer relações com os direitos humanos, na perspectiva de saúde como direito e cidadania. Seus objetivos foram: analisar as instituições de cuidados paliativos no Brasil, compreendendo o papel do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) e da Rede CACON/UNACON; analisar a Política Nacional de Prevenção e Controle de Câncer, do ponto de vista normativo e organizacional e, ainda, da absorção da demanda face ao novo ordenamento legal (Lei nº 12.732, de 22 de novembro 2012) de atenção ao câncer na rede pública de saúde; analisar a atenção em cuidados paliativos em Portugal, no tocante aos desafios políticos, legais e institucionais; estabelecer parâmetros teóricos para uma transição do conceito de cuidados paliativos no Brasil; e formular propostas de caráter institucional, com ênfase na organização de um modelo de atenção no Brasil, a partir dos projetos desenvolvidos no âmbito da pesquisa. Utilizou, como parâmetro de análise do caso brasileiro, a política desenvolvida em Portugal, considerando este país, inserido na Comunidade Econômica Europeia, possuidor de uma performance superior no tocante aos níveis de desenvolvimento de cuidados paliativos. (...) Em resposta à questão norteadora da tese: se os cuidados paliativos, hoje, no Brasil,atendem aos princípios de direito e cidadania, concluiu-se que não. Finalmente foi proposto um conjunto de iniciativas de caráter pedagógico e de articulação político-institucional (objetivos estratégicos estabelecidos no decorrer da pesquisa) e uma reflexão propositiva quanto à possibilidade de uma transição conceitual.