Análise da dinâmica de geração de inovação em saúde: a perspectiva dos serviços e do território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Costa, Laís Silveira
Orientador(a): Gadelha, Carlos Augusto Grabois
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14276
Resumo: Esta é uma tese aplicada, desenvolvida em formato de artigos. Parte do pressuposto de que o fortalecimento da capacidade inovativa da base produtiva da saúde é essencial para reverter a vulnerabilidade a que hoje está exposto o SUS. Tal hipótese ganha força ao se considerarem as características sociais, demográficas e epidemiológicas da população brasileira e suas tendências futuras, os custos das complexas tecnologias incorporadas pela saúde e a dependência externa do país em relação a estes insumos.Seu objetivo geral é aprofundar a compreensão sobre a dinâmica de geração de inovação em saúde no Brasil, buscando apontar alguns hiatos de conhecimento que obstaculizam o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Desenvolvida a partir de método dialético e da teoria crítica, utilizou o referencial teórico da economia política, para entender como se estabelecem as relações sociais de produção na saúde, considerando sua base produtiva como um todo, e o instrumental teórico dos sistemas de inovação, situando o caráter de essencialidade do entendimento da dinâmica dos processos inovativos. Visando superar lacunas de entendimento quanto ao papel desta base produtiva no sistema de saúde, o estudo apresenta um olhar sistêmico do Complexo da Saúde, analisa o protagonismo dos serviços nos processos de geração de inovação em saúde, além de que explora novas variáveis para o entendimento da dinâmica inovativa da saúde. Em sua conclusão, ressalta o risco de se observar um crescente distanciamento das indústrias da saúde e os princípios do SUS, e destaca, dentre os desafios que obstaculizam a aproximação dos sistemas de bem estar social e de inovação, a fragilidade da base produtiva nacional, o descompasso entre a agenda de inovação e os interesses coletivos da saúde, e a necessidade de qualificar a atuação do Estado visando à efetiva orientação social da inovação em saúde, além de características mais gerais atinentes ao padrão de desenvolvimento nacional. A análise aponta a pertinência de atribuir importância ao papel dos atores políticos, sua motivação e grau de influência exercido nesta dinâmica. Por fim, ressalta a importância de vincular a consolidação e ampliação da capacidade produtiva em saúde com estratégias ativas de inovação e capacitação pautadas pela lógica social.