Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Caroliny Pinto |
Orientador(a): |
Cabello Acero, Pedro Hernan |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43242
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Resumo: |
O câncer de próstata (CaP) e a hiperplasia prostática benigna (HPB) são as patologias mais agressivas e frequentes em relação a próstata. Elas possuem etiologia multifatorial com ênfase para idade e fatores genéticos e têm altos índices de morbidade e mortalidade. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a associação de alterações em genes candidatos com o risco de desenvolvimento do CaP e da HPB em amostra da população do Rio de Janeiro, além de avaliar o perfil de expressão in silico desses genes no CaP. As análises moleculares foram realizadas através do sequenciamento do gene FMOD e da análise do polimorfismos rs1695 (GSTP1), rs1058205 (KLK3), rs486907 (RNASEL), rs523349 (SRD5A2), rs25487 (XRCC1) e rs1447295 (CASC8) por meio das técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real e da PCR Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP). Para a execução dessas análises foram extraídas amostras de sangue periférico de 100 indivíduos saudáveis, 49 pacientes com CaP e 135 com HPB. Nas análises in silico foram utilizados dados clínicos e de RNAseq de 496 amostras teciduais presentes no banco de dados The Cancer Genome Atlas (TCGA). O rastreamento do FMOD revelou seis variantes presentes na amostra que incluem: três missense (rs139299015, rs115908597 e rs145901742), sendo duas dessas patogênicas, além de duas sinônimas (rs7543148 e rs77856193) e uma intrônica (rs1891180) As análises dos polimorfismos indicaram associações significativas entre o genótipo conjunto AG+GG do rs1695 (GSTP1) e o aumento do risco de CaP, tanto quando comparado com o controle quanto com a HPB (oddis rattio= 2,30; intervalo de confiança 95%= 1,12\20134,73 e OR= 3,36; IC 95%= 1,68\20136,71, respectivamente). Além disso, o alelo mutante G aumenta o risco de CaP em relação a HPB (OR= 1,80; IC 95%= 1,11\20132,94). O genótipo conjunto AA+AG do rs25487 (XRCC1) revelou estar associado com maior risco de HPB quando comparado com o controle (OR= 2,29; IC 95%= 1,31\20134,00) e o genótipo GG mostrou maior risco para CaP em relação a HPB (OR= 2,61; IC 95%= 1,33\20135,12). Para o rs1447295 (CASC8) encontramos associação significativa com o aumento do peso da próstata em indivíduos com HPB (p=0,04). Nas análises in silico, todos os genes apresentaram diferenças significativas no perfil de expressão entre os tecidos não-tumorais e tumorais de próstata. E nas comparações com os dados clínicos, o FMOD apresentou resultados interessantes, no qual a expressão se mostrou diminuída nos estágios mais avançados de CaP avaliados através dos parâmetros do antígeno específico da próstata (PSA) e do score de Gleason. Todos esses achados destacam a importância da contribuição da variação da linhagem germinativa do GSTP1 e do XRCC1 para o aumento do risco do CaP. Além de ter revelado informações pertinentes ao comportamento do perfil de expressão tecidual do FMOD e as características clínicas do CaP. Vale ressaltar que apesar das associações encontradas direcionando esses genes como fortes candidatos de suscetibilidade ao CaP, outros estudos são necessários para melhorar a compreensão do impacto das variações genômicas nessas doenças complexas. |