Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Chalegre, Karlos Diogo de Melo |
Orientador(a): |
Silva Filha, Maria Helena Neves Lobo,
Melo Neto, Osvaldo Pompílio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3968
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Resumo: |
A eficácia e seletividade do Bacillus sphaericus (Bsp) para larvas do vetor Culex quinquefasciatus é devida à ligação específica da toxina binária (Bin), principal proteína inseticida do Bsp, a um receptor presente no epitélio intestinal das larvas, a glicosidase Cqm1. Um mecanismo de resistência descrito para este culicídeo é devido a uma deleção de 19 nucleotídeos (d19) no gene cqm1 (cqm1-d19) que, em homozigose, impede a expressão do receptor no epitélio. O objetivo deste trabalho foi determinar a freqüência do alelo cqm1-d19 em populações naturais de Cx. quinquefasciatus, não tratadas e tratadas com o Bsp, além de avaliar polimorfismos no gene cqm1. Uma análise in vivo da susceptibilidade ao Bsp em larvas de Cx. quinquefasciatus mostrou que as populações não tratadas de Varadouro, Peixinhos e Fazenda Nova apresentaram valores de razão de resistência (RR) de 1,3 a 4,0 vezes, enquanto que para a população tratada de Água Fria a RR variou de 2,7 a 8,6 vezes, em relação à população susceptível usada como controle. Os valores de RR inferiores a 10 indicaram que não houve alteração significativa na susceptibilidade. Os alelos cqm1 e cqm1- d19 foram identificados através de método diagnóstico de PCR utilizando primers que flanqueiam a d19 e as amostras das populações analisadas variaram entre 162 e 353 larvas. O alelo cqm1-d19 foi detectado pela primeira vez em populações naturais e sua freqüência em áreas não tratadas da Região Metropolitana do Recife (RMR) foi de 1,16 x 10-2 em Varadouro e de 7,8 x 10-3 em Peixinhos. Na população de Fazenda Nova, isolada geograficamente da RMR, o alelo não foi detectado. Em Água Fria, tratada com o Bsp desde 2003, as freqüências foram bem mais elevadas em relação às populações não tratadas: 6,94 e 5,55 x 10-2 após 13 e 24 tratamentos, respectivamente. Em paralelo à detecção do alelo foi feita a avaliação da freqüência de expressão da -glicosidase Cqm1, através de ensaios enzimáticos in gel, e os resultados corroboraram aqueles de freqüência alélica em todas as populações. A partir da análise de polimorfismos no gene cqm1 em 15 indivíduos de Água Fria, foram identificados 13 alelos, baseados em 13 alterações na seqüência de aminoácidos, a maioria na região C terminal. Dentre os alelos identificados, dois ocorreram em maior freqüência e os demais foram variações destes principais. Os resultados deste estudo mostraram que a freqüência do alelo cqm1-d19 é alta em populações naturais, e mais elevada naquelas que estão sob pressão de seleção, além de demonstrarem que o gene cqm1 é altamente polimórfico. As abordagens moleculares utilizadas neste estudo são mais sensíveis que os bioensaios, visto que foi possível detectar indivíduos heterozigotos e homozigotos resistentes, e são adequadas para avaliar a susceptibilidade de populações de Cx. quinquefasciatus ao Bsp. Estes dados reforçam a adoção de medidas visando o uso sustentável do biolarvicida Bsp em programas de controle de vetores |