Apoio matricial nas ações de alimentação e nutrição: visãodos profissionais da estratégia de saúde da família de Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fittipaldi, Ana Lúcia de Magalhães
Orientador(a): Barros, Denise Cavalcante de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24493
Resumo: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o modelo de reorganização da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Para aumentar a abrangência de suas ações, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), formado por profissionais de diversas especialidades, cujas ações são baseadas nos conceitos de Apoio Matricial e Equipe de Referência. O presente estudo teve por objetivo conhecer os significados que os profissionais da ESF de Manguinhos atribuem ao Apoio Matricial, em especial na área de Alimentação e Nutrição, através de uma pesquisa qualitativa. A técnica de coleta de dados selecionada foi a entrevista semi-estruturada e para tratamento dos dados, a análise de conteúdo. Como vertente de análise e interpretação optou-se pelo Interacionismo Simbólico o qual estuda a construção dos significados atribuídos pelos sujeitos às suas atividades como produto da interação com seus pares. Os profissionais entenderam que o Apoio Matricial potencializa as ações da ESF e aumenta a resolutividade da APS. Destacaram dificuldades iniciais como desconhecimento das competências dos apoiadores e profissionais das equipes de referência. O excesso de atribuições apareceu como limitante da ampliação do olhar sobre o processo saúde-doença. Como consequência, influenciou a forma como acionavam o apoio matricial, sendo o maior enfoque nas consultas conjuntas e esporádicas as ações coletivas e de prevenção. Ficou evidente a ênfase das ações nos núcleos de conhecimento, dificultando assim a interdisciplinaridade no cuidado à saúde. Apontaram que a prática do apoio tem sido uma construção coletiva no cotidiano de trabalho. As expectativas para o apoio nas ações de Alimentação e Nutrição foram: educação em saúde, ações intersetoriais e qualificação das equipes da ESF. Como considerações finais destaca-se que pensar e falar sobre o processo de trabalho é uma estratégia para propor coletivamente ações que potencializem o trabalho do apoio matricial na Atenção Básica. Propõe-se que o nutricionista desempenhe o papel de facilitador na organização da atenção nutricional priorizando a construção de uma agenda integrada e intersetorial, a partir das necessidades das equipes e comunidades. Espera-se contribuir com o processo de trabalho do apoio matricial das equipes de Manguinhos e de outras Unidades Básicas de Saúde.