Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Israel de Souza |
Orientador(a): |
Peixoto, Alexandre Afrânio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14067
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Resumo: |
Os flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) são uma das maiores preocupações para a saúde pública como tranmissores dos parasitos que causam leishmanioses. Assim, estudos integrativos envolvendo a distribuição geográfica, os aspectos ecológicos e a sistemática desses insetos são necessários para a confecção de ferramentas acuradas de combate a esses insetos e, consequentemente, para o controle das leishmanioses. Aqui utilizamos o fragmento de 658-pb do gene mitocondrial citocromo c oxidase subunidade I (COI), conhecido como código de barras de DNA, para identificar diversas espécies de flebotomíneos obtidas durante levantamentos de fauna de diversas regiões brasileiras. Além do COI, utilizamos também fragmentos do gene period para estudar as espécies do complexo Lutzomyia longipalpis. Ao todo, 576 espécimes pertencentes a 47 espécies foram identificados morfologicamente e tiveram seu DNA genômico extraído e o fragmento do COI amplificado e sequenciado. Também foram amplificados e sequenciados um fragmentos de 266-pb do gene period para oito populações de Lu. longipalpis ainda não amostradas e um fragmento de 446-pb para outras onze populações ineditamente estudadas. O uso do gene COI se mostrou útil para identificação de aproximadamente 90 % das espécies analisadas. As análises do COI sugeriram a presença de diversidade críptica para quatro espécies: Evandromyia edwardsi, Pintomyia monticola, Psathyromyia bigeniculata e Sciopemyia microps. As análises também salientaram a necessidade de revisão morfológica do gênero Sciopemyia devido a alta divergência genética entre suas espécies. Ainda, foi possível estabelecer a associação entre machos e suas respectivas fêmeas para os gêneros Brumptomyia, Evandromyia e Pressatia cujas fêmeas são muito semelhantes Também permitiu corrigir uma identificação morfológica errônea de uma espécie do gênero Brumptomyia. Porém, o código de barras de DNA não foi útil para diferenciar espécies com fortes indícios de introgressão como as do complexo Lu. longipalpis. Por outro lado, as análises de um fragmento de 266-pb do gene period para populações da espécie de Lu. longipalpis com som do tipo burst permitiram aumentar o conhecimento sobre a distribuição geográfica dessa espécie, apontar possíveis fatores históricos que modelaram essa distribuição e corroborar dados previamente publicados com respeito à homogeneidade genética dessa espécie. Já as análises de outras onze novas populações utilizando um fragmento de 446-pb permitiram discriminar populações sem som de cópula gravado pertencentes a espécie com som de cópula do tipo burst das com sons de cópula do tipo pulsado. Ainda, dentro das espécies com sons de cópula do tipo pulsado, essas análises sugeriram uma discriminação entre a espécie com som de cópula pulsado do tipo 1 e as demais. Os resultados reforçaram a necessidade da identificação molecular para complementar aqueles obtidos com a identificação morfológica e também a utilidade da identificação molecular em descobrir diversidade críptica dentro de algumas espécies de flebotomíneos. |