Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Silva, Edil Ferreira da |
Orientador(a): |
Brito, Jussara Cruz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4536
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo analisar como o dispositivo metodológico de formação e pesquisa denominado Comunidade Ampliada de Pesquisa, enquanto espaço de emergência do saber da experiência e questionamento do saber científico (com vistas a seu mútuo desenvolvimento), espaço de diálogo-debate entre profissionais de pesquisa e trabalhadores de escola, pode conduzir a um tipo de intervenção na linha da Promoção da Saúde a partir dos locais de trabalho. Esse instrumento foi engendrado através do Programa de Formação em Saúde, Gênero e Trabalho nas Escolas, cuja experimentação desenvolvida no estado do Rio de Janeiro é o foco empírico da tese. A análise que procuramos fazer está apoiada em abordagens que também dão sustentação teórico-metodológica a este empreendimento construído dentro do campo da Saúde do Trabalhador: disciplinas (particularmente as abordagens clínicas do trabalho) em sinergia, em um contexto sob influência do Modelo Operário Italiano de luta pela saúde, atualizado na perspectiva de Análise Pruridisciplinar de Situações de Trabalho que se configura nas proposições da aborgagem ergológica. A base é a concepção de saúde na linha vitalista de Canguilhem, que atribui aos humanos a capacidade de produção de novas normas no enfrentamento das infidelidades do meio. Nessa perspectiva, a saúde não é apenas assunto dos outros (especialistas), mas também daquele/a que vive a experiência de conquista da saúde. O trabalho enquanto experiência humana decisiva é aqui entendido como tendo uma relação profunda com a saúde, pois que lócus de negociações de normas/prescrições, de renormatizações, da dramática do uso de si. Ou seja, o processo de trabalho e as relações sociais em que se dá, envolve detecção e interpretação das variabilidades e interferência sobre o meio (de trabalho e vida).Esta pesquisa trata da emergência da problemática da saúde entre os/as trabalhadores/as de escola do Rio de Janeiro e o engendramento da proposta de formação como um instrumento de pesquisa e intervenção. Procuramos mostrar como o processo de construção deste dispositivo metodológico propiciou mudanças no meio do trabalho e nos próprios os/as trabalhadores/as, que foram adotando posturas mais críticas frente à sua vida no trabalho e em outros espaços, oportunizando a vivência de novas experimentações. Esse percurso, em nosso entendimento, permitiu a constituição de uma proposição de Promoção da Saúde construída a partir dos locais de trabalho. |