Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Elizabeth da Trindade de |
Orientador(a): |
Mannarino, Celina,
Rolla, Valéria Cavalcanti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12460
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Resumo: |
O abandono do tratamento da tuberculose (TB) continua a impactar os desfechos clínicos e poucos estudos abordam pacientes, médicos e alunos visando compreender os aspectos subjetivos envolvidos no tratamento. O objetivo deste estudo foi abordar os aspectos subjetivos do paciente com TB quanto ao diagnóstico e adesão terapêutica e relacioná-los às concepções de médicos e graduandos de medicina. Foram incluídos na pesquisa 23 pacientes, em seu primeiro episódio de TB pulmonar, selecionados por critério de saturação e, por exaustão, sete médicos preceptores e 15 alunos do quarto ano de medicina, no período de novembro de 2011 a dezembro de 2013, no ambulatório de TB do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual semiestruturada, grupo focal, observação participante e registros em diário de campo. O referencial teórico utilizado foi o Interacionismo Simbólico, tendo como abordagem metodológica de análise a Teoria Fundamentada nos Dados, na qual priorizamos o eixo Estratégias de Ação/Interação e suas interseções emergidas das falas analisadas. O atual Ementário do curso de graduação de Medicina da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi analisado visando conhecer as disciplinas que abordam a integralidade e a adesão na formação. A categoria central do estudo \201CVivência de adoecimento e adesão ao tratamento\201D, obtida por processo interpretativo, revelou as ações e interações definidas por categorização dos discursos e suas interseções Nas falas dos pacientes emergiram as categorias estigma, autossegregação, dificuldades assistenciais; e mecanismos de defesa como: negação, racionalização, isolamento; outros mecanismos mentais, como culpabilização, responsabilização e da interação social, como o encobrimento. A categoria estratégia assistencial foi relacionada à prática dos médicos para favorecer a adesão. Na categoria obediência médica, os alunos pontuaram a diferença de gênero interferindo no abandono. Foram ressaltadas as dificuldades dos alunos. As categorias rede social de apoio, vínculo com a equipe de saúde, relação médico-paciente, presentes no discurso de todos os participantes do estudo, foram consideradas facilitadoras da adesão. Os médicos e os alunos enfatizaram a corresponsabilização do paciente no tratamento e reconheceram a relação TB e sociedade como condição positiva ou negativa à adesão. Na categoria educação médica incluímos as demandas de ensino destacadas por médicos e alunos. A técnica de grupos focais propiciou a interação entre os participantes. A análise do Ementário da UERJ revelou que os conceitos integralidade e adesão são pouco explorados. Concluímos que a vivência de adoecimento e tratamento promove repercussões emocionais e diferenças de discursos em relação a esses fenômenos em todos os participantes, sendo propiciadoras de adesão ou de abandono. O estudo mostrou a importãncia de implementar a estratégia terapêutica de grupo, com os pacientes, para favorecer a adesão, a assistência integral em saúde e como recurso didático para os graduandos |