Fauna necrófaga (Diptera: Muscomorpha) associada a decomposição de porcos domésticos Sus scrofa L. coletada em área de cerrado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sato, Tayra Pereira
Orientador(a): Queiroz, Margareth Maria de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13504
Resumo: Os insetos estão entre os primeiros e mais importantes invertebrados que colonizam corpos de vertebrados em decomposição. Os ovos e as larvas depositados por esses insetos podem ser utilizados na estimativa do intervalo pós-morte (IPM) através da observação do seu ciclo de desenvolvimento, sendo mais um instrumento para auxiliar peritos e analistas criminais durante investigações jurídicas. Este trabalho tem como objetivo estudar a biodiversidade e distribuição temporal de insetos que participam do processo de decomposição, com ênfase nos dípteros (Muscomorpha) em carcaças de porcos domésticos (Sus scrofa L.), em uma fazenda de gado de corte, localizada a 70 km de Campo Grande, em área de cerrado do Mato Grosso do Sul, em duas estações do ano (verão = período chuvoso e inverno = período seco), em três diferentes pontos da fazenda, utilizando armadilha do tipo Shannon modificada, com o intuito de verificar qualitativamente e quantitativamente as principais espécies que participam da decomposição de carcaças e quais as utilizam como substrato de criação de seus imaturos no Cerrado de MS. No total foram coletados 29.463 espécimes identificados e distribuídos em quatro famílias (Calliphoridae, Muscidae, Sarcophagidae e Fanniidae) A espécie mais abundante durante as duas estações foi Tricharaea (Sarcophagula) occidua pertencente à família Sarcophagidae. A temperatura e a umidade relativa do ar registradas durante o dia foram semelhantes entre as estações. No verão a abundância de insetos atraídos foi maior que no inverno, no entanto a duração do tempo de decomposição não difere muito entre as estações e nem mesmo entre os ambientes. Esses fatores abióticos não causaram interferência na duração dos estágios e do processo de demposicao das carcaças. Em relação à diversidade, o inverno ficou a frente, apresentando espécies potenciais indicadoras de sazonalidade e ambiente. A única espécie que teve exemplares emerdidos na forma adulta e efetivamente colonizou as carcaças, durante os experimentos, foi Chrysomya albiceps sendo, portanto, o melhor indicador forense nestes experimentos