A dimensão da intersetorialidade nas práticas do consultório na rua: a experiência do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Monteiro, Marcela Magalhães Ferreira de Castro
Orientador(a): Martins, Maria Inês Carsalade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34964
Resumo: O cuidado em saúde da população em situação de rua é complexo e exige respostas que incidam no processo saúde-doença desta população. Compreende-se que a intersetorialidade constitui-se como imperativo do trabalho das equipes de Consultório na Rua e como estratégia para o cuidado integral. Este trabalho tem por objetivo geral analisar a intersetorialidade no trabalho das equipes de CnaR do Município do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo qualitativo que utilizou parte do banco de dados do Projeto “Avaliação da efetividade do modelo de atenção primária à saúde das equipes de Consultório na Rua (Cnar) do Município do Rio de Janeiro”, intitulado nesta dissertação como “projeto-fonte”. Foram utilizadas trinta e três entrevistas de trabalhadores das sete equipes de CnaR do município do Rio de Janeiro, entre profissionais de nível superior e nível médio. Para análise do material coletado foi utilizada a técnica de análise de conteúdo temática, sob a perspectiva de quatro categorias de análise: vulnerabilidade social; cuidado ampliado; acesso às políticas sociais; e práticas intersetoriais. Estas categorias dialogavam com o tema central deste estudo, intersetorialidade. Concluiu-se que a intersetorialidade é fundamental para o trabalho do CnaR e a construção do cuidado ampliado. Foi possível identificar diversas práticas intersetoriais e o reconhecimento da importância destas práticas para as equipes. No entanto, a maioria das práticas são desenvolvidas a partir da percepção de necessidade dos trabalhadores, dependendo de seus esforços individuais. Poucas práticas têm apoio e fomento da gestão. Considera-se de suma relevância que a gestão possa empreender investimento na organização de fluxos e práticas intersetoriais, bem como criar diretrizes para nortear o trabalho intersetorial desenvolvido pelas equipes de CnaR.