Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Souza, Carlos Dornels Freire de |
Orientador(a): |
Luna, Carlos Feitosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27525
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Resumo: |
O Brasil configura-se como o único país que ainda não alcançou a meta de eliminação da doença enquanto problema de saúde pública. Como as demais doenças negligenciadas, a hanseníase guarda estreita relação com as condições sociais e econômicas nas quais as pessoas vivem. Desse modo, este trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica temporal e espacial da hanseníase no estado da Bahia no período de 2001 a 2015 e os determinantes sociais associados à ocorrência da doença. Estudo ecológico misto. Foram selecionados dez indicadores epidemiológicos. Variáveis independentes: seis indicadores sintéticos de desempenho socioeconômico, 17 variáveis desagregadas e um Indicador de Carência Social. Na etapa 1, analisou-se a tendência dos indicadores epidemiológicos utilizando o modelo de regressão segmentada e distribuição espacial utilizando a estatística de varredura espacial e de Moran. Na etapa 2, buscou-se, dentre os indicadores sintéticos de desempenho, aqueles que estabelecessem associação com a hanseníase. Na etapa 3, repetiram-se essas mesmas análises para as variáveis desagregadas selecionadas. Na etapa 4, as variáveis que compuseram os modelos anteriores foram utilizadas para a construção do ICS. Observou-se declínio da prevalência, do abandono e de mulheres doentes. A taxa de grau II e a proporção de casos multibacilares apresentaram tendência de crescimento. A distribuição espacial foi heterogênea com concentração em três regiões de destaque (norte, oeste e sul do estado). Foi encontrada associação entre a detecção de hanseníase e o Índice de Performance Socioeconômica, densidade demográfica, proporção da população urbana, valor médio da renda per capita, proporção de extremamente pobres e número de domicílios com mais de três pessoas por dormitório. A análise do ICS mostrou ampla distribuição da pobreza no estado e associação estatisticamente significativa com a hanseníase. Duas dimensões de determinantes foram evidenciadas: as boas condições de vida atuam como determinantes do diagnóstico, facilitando-o, e, em longo prazo, influenciam no risco de adoecimento, reduzindo-o. Já as más condições de vida possuem efeito inverso. |