Estratégia saúde da família e a formação contínua: reflexões sobre a formação no e a partir do trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Fabiana Dias do
Orientador(a): Tavares, Maria de Fatima Lobato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12660
Resumo: Esta pesquisa visou o estudo das atividades de formação voltadas aos trabalhadores da saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) da Área Programática ou de Planejamento (AP) 4.0 situada no município do Rio de Janeiro. Trata-se de uma análise da formação no e a partir do trabalho instituída como educação permanente dirigida aos trabalhadores da saúde que atuam nas equipes de saúde da família desta AP, à luz dos fundamentos da formação contínua. Justifica-se por problematizar a necessidade de uma formação que não se esgote na formação inicial, tendo continuidade ao longo da vida, e orientada para o desenvolvimento de competências. Competências no sentido de saber mobilizar-se frente a situações complexas, por meio de uma práxis reflexiva e dialética, centrada na articulação entre o saber, o saber fazer e o saber ser, rumo à integralidade nas práticas de saúde. As principais bases conceituais que a fundamentaram foram: Formação Contínua; Processo de Trabalho em Saúde, e Trabalho e Educação. Foi realizado por meio de um estudo de caso, de abordagem qualitativa mediante uma análise compreensiva e interpretativa, com triangulação das fontes de dados, de modo a desenvolver uma linha convergente de investigação e a corroborar os fatos ou fenômenos evidenciados no estudo. Os sujeitos deste estudo foram os trabalhadores da saúde de nível superior que atuam nas equipes de saúde da família de duas unidades de saúde situadas na AP 4.0, além do coordenador do Núcleo de Educação Permanente. A pesquisa foi realizada com base na Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde que dispõe sobre as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos. A coleta dos dados foi realizada por meio do uso de múltiplas fontes de evidência, tais como, observação participante, pesquisa documental, e entrevista semi-estruturada. Os principais resultados apontaram para a dualidade existente na proposta de formação pautada na Educação Permanente, sob a lógica da integralidade da atenção à saúde e da produtividade e adaptação dos trabalhadores frente às exigências e transformações do mundo do trabalho. Este cenário implicou na percepção dos trabalhadores da saúde em reconhecer a formação pelo trabalho, por meio de uma práxis reflexiva e dialética, que resulte no saber da experiência. E neste processo a concepção de formação contínua não apresentou-se como uma negação à educação permanente, e sim, como uma possibilidade de repensar o fazer formação à luz da educação permanente.