Educação Permanente na Estratégia Saúde da Família: uma possibilidade de constituição de sujeitos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nascimento, Edmilson lattes
Orientador(a): Soares, Catharina Leite Matos
Banca de defesa: Soares, Catharina Leite Matos, Ramos, José Lucio Costa, Pinto, Isabela Cardoso de Matos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38157
Resumo: A Educação Permanente em Saúde é uma proposta político-pedagógica para transformar as Práticas de saúde a partir dos problemas dos serviços. O debate ganhou força no Brasil a datar de 2004, com a publicação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, com reflexo na produção científica, principalmente no contexto da Atenção Primária. Este trabalho teve como objetivo analisar se as experiências de Educação Permanente em Saúde desenvolvidas na Estratégia de Saúde da Família do município de Guanambi-BA têm possibilitado a constituição de sujeitos transformadores das práticas de saúde. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, acerca da constituição de sujeitos por meio dos processos de Educação Permanente em Saúde. Para tanto, foram selecionadas 03 equipes da Estratégia de Saúde da Família de um total de 24 equipes, por se tratar de unidades vinculadas aos Programas de Residência Médica em Saúde da Família e Residência Multiprofissional em Saúde. Foram incluídos como sujeitos da pesquisa, 08 profissionais de saúde distribuídos da seguinte forma: 06 profissionais de nível superior das equipes da ESF, 01 apoiadora institucional e 01 coordenador de Atenção Primária. A produção dos dados se deu por meio de entrevista semiestruturada e de uma ficha de identificação do participante. O processo de análise foi feito mediante a técnica da Análise de Conteúdo de Bardin (2016), ancorado na pedagogia crítica de Freire (1987) e da constituição de sujeitos de Testa (2007). Os resultados apontaram fragilidades no processo de gestão da EPS pela secretaria de saúde, tais como: ausência de Núcleo de Educação Permanente em Saúde, planejamento fragmentado e verticalizado e falta de monitoramento e avaliação. Foram identificadas diferenças de escolha pedagógicas pelas equipes investigadas: uma das equipes utiliza a pedagogia tradicional, com uso da metodologia da transmissão do conhecimento e que não tem gerado mudanças no fazer em saúde; duas equipes priorizam a pedagogia crítica, ancorada em metodologias ativas e na aprendizagem significativa, com resultados que sugerem ressignificação dos processos e mudança das práticas. Conclui-se que a EPS, no contexto investigado, tem possibilitado a constituição de sujeitos e sujeitas nas equipes promotoras de processos educativos ancorados na problematização dos problemas do cotidiano e na prática colaborativa dos trabalhadores e trabalhadoras.