Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Baptista, Barbara de Oliveira |
Orientador(a): |
Riccio, Lilian Rose Pratt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61270
|
Resumo: |
A GMZ2.6c é uma proteína quimérica candidata a uma vacina multiestágio contra Plasmodium falciparum composta de um fragmento da proteina de estágio sexuado Pfs48/45-6C geneticamente fusionado a GMZ2, uma proteína quimérica contendo GLURP e MSP-3. A GMZ2 demonstrou ser bem tolerada, segura e imunogênica em ensaios clínicos realizados em áreas endêmicas de malária na África. Contudo, não há dados disponíveis sobre a antigenicidade ou imunogenicidade da GMZ2.6c em humanos. Considerando que parasitos circulantes podem ser geneticamente distintos em diferentes áreas endêmicas de malária e que fatores genéticos do hospedeiro podem influenciar a resposta imunológica contra antígenos vacinais, é importante a realização de estudos imunogenéticos que possam contribuir para um melhor entendimento da resposta imune naturalmente adquirida para antígenos candidatos a compor uma vacina antimalárica. Nesse trabalho, foram avaliados o perfil das respostas imune humoral e celular contra a GMZ2.6c e seus componentes (GLURP, MSP-3 e Pfs48/45) e a influência do polimorfismo genético do parasito no desenvolvimento da resposta imune específica. O estudo foi realizado em três munícipios da Amazônia Brasileira: Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no estado do Acre, e Guajará, no estado do Amazonas. A pesquisa de anticorpos contra a GMZ2.6c, seus fragmentos individuais e seus epítopos de células B foi realizada pela técnica de ELISA. As subpopulações linfocitárias foram avaliadas por citometria de fluxo ex vivo e após o estímulo com cada uma das proteínas recombinantes. O número relativo de células T específicas secretoras de IFN-γ contra epítopos de célula T foi realizado através da técnica de ELISpot. A avaliação do polimorfismo genético das proteínas GLURP, MSP-3 e Pfs48/45 foi realizado por PCR e sequenciamento. Os resultados mostraram que a proteína GMZ2.6c foi amplamente reconhecida por anticorpos naturalmente adquiridos de indivíduos de áreas endêmicas com diferentes níveis de transmissão. A prevalência de indivíduos com anticorpos para a GMZ2.6c foi maior quando comparada aos seus fragmentos individuais provavelmente devido a um efeito aditivo da GLURP, MSP-3 e Pfs48/45 quando inseridos na mesma construção. Indivíduos naturalmente expostos a malária possuíam, predominantemente, anticorpos citofílicos IgG1 e IgG3 anti-GMZ2.6c, fato importante considerando que na imunidade protetora contra a malária há um balanço entre anticorpos citofílicos/não citofilicos. Os anticorpos anti-GMZ2.6c parecem aumentar com a exposição à infecção e podem contribuir para a imunidade parasitária. Nos indivíduos infectados com P. falciparum, o maior percentual de linfócitos T CD4+ foi observado com os estímulos GMZ2.6c, GLURP, MSP-3 e Pfs48/45 e linfócitos T CD8+ com GLURP. É provável que a expansão dessas células seja em decorrência da infecção malárica aguda, contudo a resposta de linfócitos B foi limitada. Identificamos múltiplos epítopos de células B e T derivados da GLURP, MSP-3 e Pfs48/45 amplamente reconhecidos por anticorpos e células T de indivíduos residentes nas áreas endêmicas estudadas. A avaliação do polimorfismo genético mostrou um limitado número de polimorfismos na região R0 da GLURP, relativa conservação na região C-terminal da MSP-3 e, alta conservação na região 6c da Pfs48/45. Os polimorfismos encontrados nos isolados estudados não impactaram significativamente nos epítopos de célula B e T. Em conjunto, nossos dados realçam a importância da GMZ2.6c como uma candidata a vacina multiestágio |