Avaliação da ação antimalárica de compostos sintéticos derivados de quinolina em cultura de Plasmodium falciparum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, José Márcio Fernandes da lattes
Orientador(a): Scopel, Kézia Katiani Gorza lattes
Banca de defesa: Abramo, Clarice lattes, Sanchez, Bruno Antônio Marinho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5293
Resumo: As dificuldades de adequação, aplicação e manutenção das estratégias de controle nos locais onde a malária é endêmica contribuem, em grande parte, para que a doença seja considerada o maior flagelo da humanidade. Neste contexto, destaca-se o amplo desenvolvimento de resistência dos plasmódios aos mais variados compostos que foram ou que ainda são utilizados na terapêutica antimalárica, o que faz do tratamento efetivo dos casos um grande desafio a cada ano. Diante disso, torna-se inquestionável a necessidade da descoberta de novas moléculas que possam, no futuro próximo, estar disponíveis para inclusão em medicamentos destinados à cura efetiva da infecção. Este estudo investigou a atividade antiplasmodial de 10 moléculas sintéticas derivadas de quinolinas em cultura de P. falciparum, bem como sua atividade citotóxica em células HeLa e mononucleares do sangue periférico. Das 10 moléculas, 5 estão conjugadas a sulfonamidas enquanto as demais possuem em sua estrutura um grupo hidrazina. Independentemente do grupamento farmacofórico integrado ao anel quinolínico, nenhuma molécula foi citotóxica para células HeLa ou linfócito humano em baixas concentrações. No que se refere a atividade antimalárica, 60% das moléculas foram altamente ativas contra P. falciparum (CI50 variando de <0,195µg/mL a 3,12µg/mL) e 10% totalmente inativas (CI50>50µg/mL). Ao analisarmos o índice de seletividade das moléculas, somente dois compostos não foram seletivos para o parasito (RMP103 e RMP107). Dentre as moléculas mais seletivas destacaram-se aquelas conjugadas ao grupo hidrazina, sobretudo RMP105 que foi >1800 vezes mais seletiva para plasmódio quando comparada a droga de referência. Portanto, por apresentarem alta atividade antimalárica e baixa toxicidade em células humanas, com elevado índice de seletividade para os plasmódios, as moléculas testadas nesse estudo podem ser consideradas boas alternativas para se tornarem medicamentos antimaláricos e auxiliarem de maneira eficaz no combate a doença.