Avaliação das mutações de resistência ao tratamento com os novos antivirais de ação direta (DAA) em pacientes com Hepatite C crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, Liz Silva
Orientador(a): Silva, Luciano Kalabric
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37360
Resumo: Os antivirais de ação direta (DAA) foram incorporadas para o tratamento da hepatite C crônica pelo Protocolo de Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (PCDT-HepC) desde 2015. Devido à natureza quasiespécies do vírus da hepatite C (VHC), tempo de infecção, genótipo, mutações de resistência aos antivirais podem emergir levando a falha no tratamento. OBJETIVO O presente estudo pretendeu rastrear e monitorar substituições associadas a resistência (RASs) aos DAAs em pacientes com hepatite C crônica. MÉTODO O estudo possui desenho descritivo de corte-transversal. Ao todo, 204 participantes foram recrutados, hemofílicos da Fundação HEMOBA (n = 23) e pacientes do Ambulatório de Hepatologia do Complexo HUPES (n = 181). RESULTADOS Após testes moleculares e análise das sequências, identificou-se prevalência total de RAS de 51% (94/184, 95% IC 44% - 59%): RAS NS3 45% (62/137, 95% IC 37% - 54%), RAS NS5A 27% (30/113, 95% IC 19% - 36%), RAS NS5B 2% (2/124, 95% IC 0% - 6%). Quando a predição da RAS incluiu apenas as drogas licenciadas e os genótipos do VHC circulantes no Brasil, 17 pacientes apresentaram variantes associadas a resistência (RAVs) para regiões NS3 e NS5A. Nenhum paciente apresentou RAV para a região NS5B. CONCLUSÕES A identificação precoce e rastreio das mutações de resistência podem auxiliar na conduta clínica prevenindo a emergência de resistência e falha terapêutica.