As operadoras de planos privados de assistência à saúde no marco do novo modelo de regulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Duarte, Eduardo Jorge Araújo
Orientador(a): Vasconcellos, Miguel Murat
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4717
Resumo: Atrelado a um processo de reforma do aparelho de Estado vem-se desenvolvendo no Brasil um novo modelo de regulação, visando estimular a concorrência e favorecer a provisão adequada de bens públicos, com adoção de modelo de agências independentes para regulação. O setor saúde inseriu-se nesse contexto com a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar-ANS pela Lei 9.961 de 28 de janeiro de 2000. Partindo-se do pressuposto de que a instauração deste novo modelo de regulação tem ocasionado transformações das mais diferentes ordens no setor de assistência médica suplementar, este trabalho tem como objetivo analisar as principais estratégias competitivas utilizadas pelas operadoras de planos privados de assistência médica no município do Rio de Janeiro após o surgimento da ANS. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, utilizando-se como método o estudo de casos múltiplos e como técnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas realizadas junto aos dirigentes de operadoras de planos de saúde com significativa projeção no mercado do município do Rio de Janeiro. O referencial teórico utilizado para análise foi a Teoria das Forças Competitivas de Porter (1991, 1998). Os resultados, com base na percepção dos dirigentes, apontam em geral, para um mercado com potentes barreiras de entrada, introdução de novos produtos, perda de poder de barganha dos prestadores, fortalecimento do poder de barganha dos compradores (beneficiários) e acirramento da rivalidade entre os concorrentes atuais. Nestas circunstâncias as operadoras vêm adotando estratégias diferenciadas para competir no mercado, após a regulamentação.