Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Samyra Almeida da |
Orientador(a): |
Cruz, Alda Maria da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23803
|
Resumo: |
Estudos anteriores do nosso grupo demonstraram que os títulos séricos de IgG1 e IgG3 anti-Leishmania tendem a decair após a cura clínica da leishmaniose cutânea (LC). Entretanto, há indivíduos que mantêm títulos elevados, mesmo longo tempo após a cura. Nossa hipótese é que o perfil de subpopulações de linfócitos B que permanece após cura clínica difere entre grupos com sorologia positiva e negativa, e que essas células podem secretar anticorpos e produzir citocinas que modulam negativamente a resposta imune celular, podendo favorecer a persistência parasitária. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi investigar se linfócitos B e anticorpos secretados desempenham um papel modulador da resposta imune celular na infecção por Leishmania (Viannia) braziliensis, em indivíduos curados longo tempo após o tratamento. Os voluntários foram agrupados de acordo com a positividade plasmática de IgG, IgG1 e IgG3 anti-Leishmania como positivos (Ig+, n=17) e negativos (Ig-, n=16), além de um grupo controle (n=19). As células mononucleares de sangue periférico (PBMC), previamente criopreservadas, foram descongeladas e colocadas em cultura por cinco dias na ausência de estímulo ou na presença de antígenos de L. braziliensis (Lb-Ag) ou Toxoplasma gondii. A concentração de IgG1 ou IgG3 no sobrenadante de cultura foi quantificada por ELISA. Independente do resultado sorológico, 20% (6/30) dos indivíduos apresentaram níveis de IgG1 acima do valor de corte, para as culturas estimuladas com Lb-Ag e para as não estimuladas, enquanto que , para IgG3, foram 90% (27/30) para as culturas não estimuladas e 53% (16/30) para as estimuladas com Lb-Ag Entretanto, essas concentrações de anticorpos não apresentaram correlação com os títulos das amostras de soro dos mesmos indivíduos. O perfil de subpopulações de linfócitos B (naive, memória inicial, memória e plasmócitos) foi investigado por citometria de fluxo e não foi significativamente diferente entre os grupos Ig+ e Ig-, e entre os indivíduos curados e o grupo controle. A influência de anticorpos opsonizantes na atividade anti-Leishmania de macrófagos foi avaliada através da infecção de macrófagos por promastigotas de L. braziliensis que foram incubadas com soro de indivíduos Ig+ e Ig-. Não foi observada diferença estatística entre os grupos Ig+ e Ig- em relação à taxa e índice de infecção, produção de citocinas inflamatórias e produção de nitrito. Em suma, os indivíduos curados de LC Ig+ e Ig- são semelhantes entre si, no que diz respeito às subpopulações de linfócitos B de sangue periférico, e em relação à influência de anticorpos opsonizantes na atividade anti-Leishmania de macrófagos |