Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Regina Pereira |
Orientador(a): |
Cruz, Alda Maria da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5618
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Resumo: |
Introdução: A imunidade mediada por células tem um papel importante na resposta imune do hospedeiro à Leishmania. Em pacientes com leishmaniose cutânea, a presença de células ativadas tem sido correlacionada positivamente com o tamanho das lesões. Já a atividade citolítica de células T CD8 + vem sendo associada ao dano tecidual e à gravidade da forma mucosa. No entanto, não se sabe o perfil fenotípico induzido nas células de indivíduos clinicamente curados quando estes reencontram os antígenos de Leishmania. Objetivo: Identificar perfis imunológicos associados à cura clínica na leishmaniose cutânea, com foco na análise das características fenotípicas e funcionais de linfócitos T específicos para a Leishmania. Materiais e Métodos: Foram estudados 26 indivíduos curados de leishmaniose cutânea (LCC) divididos em dois grupos de acordo com o tempo de cura: (i) menor que 2 anos (<2 anos, n=13) e (ii) 2 a 5 anos (2-5 anos, n=13). Como grupo controle, foram utilizados 12 indivíduos sadios (IS) sem histórico prévio de leishmaniose. As células mononucleares do sangue periférico foram analisadas ex vivo e após cultivo in vitro na presença de antígenos de Leishmania (Ag-Lb). Foi analisada a expressão de moléculas de superfície relacionadas ao fenótipo dos linfócitos (CD3, CD4 e CD8), ao fenótipo funcional dos linfócitos de memória central (TMC) ou de memória efetora (TME) - (CCR7 e CD45RO), à ativação (CD69 e CD25), à citotoxicidade (C1.7) e à migração linfocitária (CLA). Essas moléculas foram avaliadas dentro da subpopulação de células T CD4+ e T CD8+. Resultados: A média da razão TCD4+/TCD8+ nos pacientes LCC foi similar nas células ex vivo e nas células estimuladas por Ag-Lb. Nos LCC, houve um aumento significativo do percentual de células CD25+ e CD69+ em T CD4+ e em T CD8+ após o estímulo com Ag-Lb. Houve uma correlação negativa entre o tempo de cura e o percentual de células T ativadas pelo antígeno (CD25 + e CD69+). Nos pacientes LCC, o percentual de linfócitos TME em CD4+ e CD8+ aumentou após o estímulo com Ag-Lb, quando comparado com as células ex vivo. Já o percentual de células TMC não se modificou. O percentual de células C1.7+ dentro de T CD8+ e de células CLA+ em T CD4+ e T CD8+ foi similar na análise de células ex vivo e após estímulo com Ag-Lb, em pacientes LCC. Nos IS, não foi observado aumento do percentual de células T para nenhuma das moléculas avaliadas, quando comparadas às células ex vivo e estimuladas com Ag- Lb. Conclusão: À medida que aumenta o tempo de cura clínica, há uma redução de moléculas associadas à ativação tanto em linfócitos T CD4+ quanto em T CD8+. Esses indivíduos apresentam um aumento de células de ME que poderiam participar no controle dos parasitos caso ocorra uma reinfecção. Além disso, as células expandidas não apresentaram moléculas de superfície relacionadas à citotoxicidade ou migração para a pele. Considerando que os pacientes curados possuem um padrão de resposta imunoprotetor, tal padrão pode ser considerado um parâmetro importante para a seleção de antígenos candidatos para uma vacina. |