Avaliação da qualidade de vida de pacientes com esquizofrenia vivendo na comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Souza, Leonardo Araújo de
Orientador(a): Coutinho, Evandro da Silva Freire
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25748
Resumo: Introdução: O tratamento de portadores de transtornos mentais graves e crônicos como a esquizofrenia tem experimentado grandes mudanças no Brasil, com uma crescente valorização de tratamentos de base comunitária. Estes pacientes passam, concomitantemente, a receber um tratamento que valoriza antes a sua reinserção social e melhora das condições de vida, do que a mera abolição de seus sintomas principais. Dentro dessa perspectiva, torna-se fundamental a avaliação da qualidade de vida dos pacientes vivendo na comunidade. Material e Métodos: Uma revisão de estudos foi realizada com o objetivo de descrever a distribuição dos fatores sócio-demográficos e clínicos que influenciam a qualidade de vida de indivíduos com esquizofrenia. Resultados: Foram selecionados 25 estudos, a maior parte deles oriundo de países europeus. A maioria foi realizada na década de 90. Quase todos estudos eram seccionais, e a maior parte avaliou amostras de indivíduos vivendo na comunidade. Os fatores sócio-demográficos, excetuando a renda mensal, não se mostraram associados à qualidade de vida. Contudo, alguns estudos encontraram associações entre gênero, idade, estado civil e escolaridade com a qualidade de vida. Os sintomas depressivos e ansiosos se mostraram associados a uma pior qualidade de vida em diversos estudos. Observou-se associação similar quanto aos sintomas negativos e positivos da esquizofrenia, mas sem a mesma consistência. Conclusão: De modo geral, os estudos não foram consistentes quanto à associação entre fatores sócio-demográficos e clínicos e qualidade de vida de pacientes com esquizofrenia. É possível que essa heterogeneidade de achados seja decorrente tanto de aspectos vinculados à doença quanto ao desenho desses estudos, pouco adequados à investigação de associações causais.