Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vasconcellos, Marcelo Leitão |
Orientador(a): |
Amendoeira, Maria Regina Reis,
Aleixo, Ana Luisa Quintella do Couto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49202
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Resumo: |
A toxoplasmose ocular (TO) é classificada como a principal causa de uveítes posteriores no Brasil e em diversas partes do mundo. O simples fato do indivíduo saber que tem uma doença com potencial de cegueira, risco de recidivas, tratamentos repetidos, perda de autonomia para execução de tarefas simples, deixar de dirigir, trabalhar e outras atividades, possivelmente podem influenciar na Qualidade de Vida (QV). Com isso, torna-se importante avaliar a influência da TO na QV dos indivíduos acometidos por esse agravo. Por tanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida geral nos pacientes com diferentes perfis oftalmológicos, tais como: baixa de visão, recidiva de lesões oculares por T.gondii tratadas, diagnóstico de toxoplasmose ocular e coinfecção com outros agravos. Este foi um estudo transversal realizado no período de 25 de janeiro de 2019 a 25 de novembro de 2019. Participaram do estudo 282 participantes, 197 fazem parte do grupo com TO e 85 do grupo sem TO. Foram realizados 4 questionários: Perfil Oftalmológico, Socioeconômico, WHOQOL-Bref e Visual Function Questionaire-25 (VFQ-25). A lesão causada pela TO foi bilateral em 61 (31%) dos participantes e unilateral em 136 (69%). O score do VFQ-25 apresentou medianas com valores iguais ou menores para o grupo \201Ccom TO\201D em todas as subescalas, exceto saúde mental, sendo mais baixa no grupo \201Csem TO\201D. No WHOQOL-Bref, a mediana nos grupos \201Ccom e sem TO\201D foi estatisticamente significativo nos domínio físico, ambiental, psicológico e saúde geral, exceto domínio social. Medianas do score total do VFQ-25 para o grupo \201Ccom TO\201D foram mais baixas, estatisticamente significativo, nas variáveis: \201CNúmero de recidivas\201D (p=0,02), \201CComorbidade\201D (p<0,01), \201CBaixa de visão unilateral\201D (p<0,01) e \201CCegueira\201D (p<0,01). No grupo \201Csem TO\201D, as menores medianas foram encontradas na variável \201Ccom comorbidade\201D em relação aos que \201Cnão tem\201D pelo instrumento VFQ-25 (p=0,04); e pelo WHOQOL-Bref houve diferença (p<0,01) na mediana em quem \201Ctem comorbidade\201D dos que não tem. O score total do VFQ-25 nos com TO e Acuidade Visual (AV) \2264 20/200 foram mais baixos em relação aos com AV entre \226420/20 e >20/200 (p<0,01). A distribuição dos scores entre VFQ-25 e WHOQOL-Bref foram as mesmas na variável de tempo de diagnóstico (\2264 5 anos, p=0,734; e > 5 anos, p=0,715). Sendo assim, neste estudo observou-se que a percepção de QV relacionado à visão e à saúde é afetada pela TO, assim como por outros agravos associados. |