Tabanidae (Insecta: Diptera): caracterização, ecologia e interação com a população Quilombola da Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Guimarães, Ronald Rodrigues
Orientador(a): Carvalho, Raimundo Wilson de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12849
Resumo: Os tabânidas são moscas de importância sanitária por sua capacidade de vetorar diversos agentes etiológicos entre os vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Apesar disso, poucos estudos ecológicos têm sido realizados no Brasil com objetivo de elucidar os aspectos epidemiológicos que influenciam seus comportamentos como indivíduos e população. No estado do Rio de Janeiro o último registro bibliográfico sobre os tabânidas foi feito na década de 1950. O presente estudo objetivou conhecer a tabanofauna da Ilha da Marambaia, Mangaratiba, Rio de Janeiro, avaliar a influência de fatores bióticos e abióticos sobre seu comportamento e conhecer as representações sociais que tem a comunidade residente acerca desses insetos. Foram identificadas 31 espécies das quais uma é nova, e seis foram registradas pela primeira vez no estado. As espécies mais abundantes foram Diachlorus bivittatus Wiedemann, 1828, Diachlorus distinctus Lutz, 1913, Tabanus occidentalis Linnaeus, 1758, Tabanus triangulum Wiedemann, 1828 e Dichelacera walteri sp. nov. Foram registradas como ocorrentes no estado do Rio de Janeiro Esenbeckia lugubris (Macquart, 1838), Dichelacera walteri sp. nov., Phaeotabanus cajennensis (Fabricius, 1787), Tabanus claripennis (Bigot, 1892), Tabanus discus Wiedemann, 1828, and Tabanus pungens Wiedemann, 1828. A comunidade residente na Ilha da Marambaia define as mutucas como somente uma praga, faltando construtos sociais mais elaborados sobre a biologia, comportamento e o papel dos tabânidas na natureza, o que pode vir a facilitar ações educação sanitária e ambiental.