Experiências narradas: Caminhos da loucura entre hospitais psiquiátricos e serviços comunitários de saúde mental (Grande ABC/São Paulo 1988-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Henna, Elizabete Satie
Orientador(a): Nascimento, Dilene Raimundo do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Casa de Oswaldo Cruz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18971
Resumo: O objetivo desta dissertação foi analisar a experiência de Mariana, Rogério e Natan com a loucura, entre o final do século XX e o início do XXI, na região do Grande ABC, estado de São Paulo. Nessa época estava em curso o processo de reforma psiquiátrica, que preteria os hospitais psiquiátricos e a ideia de isolamento dos sujeitos considerados loucos, em favor dos serviços comunitários de saúde mental e sua inserção social. Nossas principais fontes foram os depoimentos orais de Mariana, Rogério e Natan. Utilizamos também suas produções literárias e artísticas, como a monografia de conclusão do curso de especialização em saúde mental de Mariana, as poesias de Rogério e as pinturas de Natan. A história de vida de Mariana até o adoecimento foi bastante marcada pela questão de gênero. A vida de Rogério até o adoecimento foi bastante marcada pelas situações de risco a partir do uso de drogas e por ter se tornado pai muito jovem. A vida de Natan até o adoecimento foi marcada por problemas de relacionamento na escola e no trabalho. A partir dos relatos, foi possível perceber que quando adoeceram, os três sujeitos desvelaram situações que os incomodavam, mas que não apareciam quando eles tentavam levar uma vida normal: um casamento que não ia bem, um relacionamento sem amor e problemas na escola e no trabalho. A loucura parece ter questionado esses aspectos da normalidade. Sobre a experiência institucional, pôde-se perceber que durante o período em que Mariana, Rogério e Natan estiveram em tratamento nos serviços comunitários de saúde mental houve mais possibilidades de inserção social do que no período em que estiveram em clínicas psiquiátricas