Prevalência e variabilidade genética de antígenos candidatos vacinais em isolados clínicos de N. meningitidis circulantes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Romanelli, Cinthia dos Santos Silva
Orientador(a): De Filippis, Ivano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/11131
Resumo: A doença meningocócica permanece como um problema de saúde pública, estando relacionada a altas taxas de morbidade e mortalidade, principalmente em crianças e lactentes. A rápida evolução da doença requer uma intervenção terapêutica específica e precoce, e enfatiza a necessidade de disponibilizar vacinas que possam ser utilizadas na prevenção dessa doença. Estratégias utilizando proteínas de membrana externa de Neisseria meningitidis como antígeno estão sendo desenvolvidas para a produção de uma vacina universal contra o sorogrupo B, que pode, inclusive, conferir proteção contra outros sorogrupos. Duas vacinas se encontram atualmente em ensaios clínicos. A vacina recombinante rfHbp possui duas variantes da proteína fHbp (V1 e V2) como antígeno, e a vacina 4CMenB é uma vacina multicomponente que inclui três proteínas (fHbp, NHBA e NadA) combinadas com OMVs da cepa epidêmica da Nova Zelândia. Embora estes antígenos sejam relativamente conservados, os mesmos já demonstraram variabilidade em diferentes regiões. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e diversidade genética destes antígenos em isolados clínicos de N. meningitidis sorogrupos B e C circulantes no Brasil. A caracterização dos isolados pelo MLST revelou seis complexos clonais principais (CCS ST-41/44, ST-1136, ST-32/ET-15, ST-8/A4, ST-11/ET-37 E ST 103). Todos os isolados apresentaram o gene de fHbp, onde a variante 1 foi predominante para sorogrupo B e a variante 2 para o sorogrupo C. O gene NHBA também foi identificado em todos os isolados. Apenas 29,73% dos isolados apresentaram o gene nadA. Nenhuma das cepas analisadas apresentou o mesmo subtipo de PorA presente na OMV que compõe a vacina, não sendo interessante a inclusão desta vesícula em uma possível vacina brasileira. Apenas três variantes de VR3 de PorA foram identificadas, demonstrando a baixa variabilidade desta região da proteína e a possível aplicação em uma vacina.