Percepções de médicos veterinários do Rio de Janeiro relacionadas à esporotricose e às boas práticas em biossegurança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Denise Torres da
Orientador(a): Menezes, Rodrigo Caldas, Pereira, Sandro Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25395
Resumo: A esporotricose é uma micose que acomete seres humanos e animais, causada por fungos do complexo de espécies Sporothrix spp., que encontram-se amplamente distribuídos na natureza, especialmente em climas temperados e tropicais. Segundo o Ministério da Saúde é um agente biológico da classe de risco 2, que apresenta moderado risco individual e limitado risco para o meio ambiente. A infecção pode ser adquirida através da implantação traumática do fungo na pele e atualmente, no estado do Rio de Janeiro, há uma epidemia desta doença, envolvendo seres humanos, cães e gatos. O médico veterinário clínico de pequenos animais insere-se neste contexto tanto como grupo ocupacional de risco quanto como agente promotor de saúde e, portanto necessita estar bem informado e atualizado com relação à doença em si e aos procedimentos de biossegurança. Devido à importância, elaborou-se este estudo, com o intuito de avaliar a percepção dos médicos veterinários clínicos de pequenos animais da região metropolitana do Rio de Janeiro com relação à esporotricose e às boas práticas em biossegurança. Realizou-se um estudo observacional seccional, que teve como população alvo os médicos veterinários clínicos de pequenos animais do Rio de Janeiro O instrumento utilizado foi um questionário semi-aberto, de autopreenchimento, anônimo, específico para este estudo, que ficou alocado em um site (www.surveymonkey.com). As questões abrangeram características sócio demográficas e ocupacionais; comportamentos que influenciam o controle da infecção no ambiente de trabalho; utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) em situações diversas na prática clínica; conhecimentos relacionados à esporotricose e gerenciamento de resíduos. Diante dos resultados observou-se que 72,9% dos médicos veterinários apresentou uma baixa percepção de risco, evidenciada por determinadas práticas e pela não utilização de equipamentos de proteção adequados durante execução de algumas atividades. Com relação aos conhecimentos em esporotricose, a média geral de acertos foi de 58,7%, considerado um desempenho insatisfatório, porém, a respeito do gerenciamento de resíduos, os médicos veterinários apresentaram um bom desempenho